Greve de trabalhadores nas redes de fast-food expõe a face da miséria nos EUA

Trabalhadores protestam contra “salário de miséria de US$ 7,25 a hora” (Foto: AFP)
Centenas de trabalhadores de redes de fast-food (McDonald’s, King’s  Burger etc) de sete cidades dos Estados Unidos entraram no segundo dia  da greve iniciada nesta e pretendem manter a paralisação durante toda  esta semana. Eles protestam nos EUA contra o que chamam de “salário de  miséria de US$ 7,25 a hora”. De acordo com reportagem da revista Forbes,  muitas das lojas dessas empresas estão fechadas ou funcionam com  capacidade reduzida. As cidades norte-americanas em que ocorre a greve  são Nova York, Chicago, St. Louis, Detroit, Milwaukee, Kansas City e  Flint.
 As empresas de fast-food norte-americanas costumam pagar aos seus  atendentes e cozinheiros no país o salário mínimo de US$ 7,25 por hora  (cerca de R$ 16). Segundo os trabalhadores, isso não é suficiente para  garantir a sobrevivência familiar. Além do baixo salário, eles também  reclamam da ausência de benefícios, das precárias condições de trabalho e  da grande pressão em que têm que trabalhar. 
O movimento paredista atinge as lanchonetes 
McDonald’s, Burger King, Wendy’s, KFC e Domino’s Pizza. 
Miséria
Nos EUA, em 2013, há mais de 23 milhões de desempregados ou  severamente subempregados. Mais de 146 milhões – 48% da população – vive  com renda menor do que a mínima necessária para sobreviver ou já  mergulhou na indigência, recorde nacional. Os salários reais foram  incansavelmente empurrados para baixo, ao longo dos últimos 30 anos. Se  corrigido pela inflação, o salário mínimo hoje é 45% menor do que era em  1968.
 Segundo o relatório divulgado pela agência inglesa de notícias  Reuters, baseado em dados recentes do Censo, em 2011 havia 200 mil  famílias de “pobres trabalhadores” a mais do que em 2010. Cerca de 10,4  milhões dessas famílias – ou 47,5 milhões de norte-americanos – agora  vivem na linha da pobreza, definida nos EUA como sendo uma renda  inferior a US$ 22.811 por ano, para uma família de quatro pessoas.
 Na realidade, quase um terço das famílias trabalhadoras dos Estados  Unidos atualmente enfrenta dificuldades, segundo a análise. Em 2007,  quando a recessão nos EUA começou, eram 28%.
 “Embora muita gente esteja voltando a trabalhar, elas estão muitas  vezes assumindo vagas com salários menores e menos segurança no emprego,  em comparação aos empregos de classe média que tinham antes da crise  econômica”, disse o estudo. As conclusões ocorrem quase três anos depois  de o país ter oficialmente deixado a recessão, no segundo semestre de  2009. 
Contração
Brandon Roberts, coautor da pesquisa, nota que os resultados são  surpreendentes pois, no ano passado, funcionários do Censo disseram que a  taxa de pobreza no país se estabilizara. Vários outros dados recentes,  no entanto, demonstram ao longo do tempo que há uma contração da classe  média, apesar da recuperação econômica gradual dos últimos anos e um  aumento vertiginoso na concentração de renda. Os dados mostram que os  20% mais ricos dos EUA receberam 48% de toda a renda nacional, enquanto  os 20% mais pobres ficaram com apenas 5%. Este fenômeno pode ser  observado nos Estados do Sul, como Geórgia e Carolina do Sul, e do  Oeste, como Arizona e Nevada, onde há o maior crescimento no número de  famílias trabalhadoras pobres.
 O efeito da pobreza sobre o crescente número de crianças que vive  nessas famílias – um aumento de quase 2,5 milhões de menores em cinco  anos – também coloca em xeque o modelo econômico do país. Em 2011, cerca  de 23,5 milhões (ou 37%) das crianças dos EUA viviam em famílias  trabalhadoras pobres, contra 21 milhões (33%) em 2007, segundo o  relatório. Parte do problema é que mais pais estão trabalhando no setor  de serviços, o que resulta em longas jornadas noturnas, com as  decorrentes dificuldades para cuidar dos filhos, além de salários baixos  e um involuntário status de trabalhador de meio período, segundo a  análise. 
Correio do Brasil com agências internacionaishttp://www.pragmatismopolitico.com.br            
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