Formiga se torna iguaria culinária e é vendida nas redes sociais
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Formiga se torna iguaria culinária e é vendida nas redes sociais


                            

Garrafa de um litro é comercializada por até R$ 100 no Vale do Paraíba. Comer farofa feito com o inseto é tradição para moradores da região. "Formiga 'voadora" é crocante, segundo quem comeu.

Por Jorge Luiz Lopes

Quando eu estava na faixa compreendida entre a de criança para adolescente em Nilópolis, município da Baixada Fluminense, nesta época do ano era uma festa deliciosa: muito calor, muita chuva. Era época do tamarindo, aquela frutinha meio doce e meio azedo tirada do pé, muitos gigantes tamarineiros, e também das rãs e das tanajuras, "formigas voadoras" que infestavam as ruas, vielas, vilas de casas, onde haviam muitas árvores. Esses insetos começavam o seu voo de acasalamento sempre no final da tarde, principalmente depois de uma bela chuva.

Éramos guris, que depois do colégio passavam a tarde jogando bola, bola de gude, torneio de jogo de botão, soltando pipa, roubando linha de pipas voadas. Depois desse "trabalho" todo, era hora de recolhermos no chão as tanajuras de onde tirávamos "as bundinhas" proeminentes que eram levadas para cozinha: sempre uma mãe era destacada para fazer uma gostosa farofa com aquele achado diário, que era feito com farofa e manteiga.

Claro, a nossa iguaria vinha sempre acompanhando um outro prato muito apetitoso: as rãs. Isso mesmo, rãs - geralmente os machos que eram mais robustos e tinham os "braços" mais fortes e cheios de carne.  Esses pequenos animais eram pegos em pântanos, valas, riachos e preparados mais que imediatamente em cima de pequenos pedaços de madeira e com auxílio de uma faquinha bem afiada.  Arrancávamos a pele, as vísceras. Já devidamente preparadas, as rãs eram entregues a um dos colegas cuja mãe tinha sido designada para o preparo: sempre bem temperadas com limão, sal, azeite ou manteiga - poderia ser a "Milaneza" também.  Enquanto o prato era preparado, a gente fazia uma "rachuncha" para comprar Coca Cola Família. O grupo acampava na porta do colega onde as iguarias ("bunda" de tanajura na farofa com manteiga e rã frita) tinham sido preparadas, para degustar aquilo tudo.

Oh, vida boa!

Leia essa matéria publicada pelo G1 que fala da formiga Içá, que nós conhecemos aqui por essas bandas como tanajura. Uma iguaria atualmente no interior de São Paulo.


O içá, formiga saúva usada fazer uma farofa típica da culinária do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, está sendo comercializado pela redes sociais. Uma garrafa de um litro da iguaria chega a ser vendida por até R$ 100 nas redes sociais e virou fonte de renda para famílias da região.

O inseto, que voa, só aparece nesta época do ano - ocasião em que ocorrem as revoadas de acasalamento destas formigas. Quem aprecia ou comercializa a formiga, aproveita o período para caçar.

A auxiliar administrativo Carolina Angélica, de Pindamonhangaba, está desempregada e aproveitando a época para ganhar dinheiro vendendo formiga. Ele vende o litro da iguaria por R$ 70 e seu principal meio de divulgação do produto é em grupos de vendas nas redes sociais.

“É a primeira vez que estou vendendo, vende bem e está me ajudando nesta fase difícil”, afirmou Carolina, que é quem caça os animais. Ela conta que sempre gostou de comer a iguaria e que nos anos anteriores ela caçava o inseto para consumo próprio.

A dona de casa Fabiana Moreira também está aproveitando para ganhar dinheiro. Ela vende a garrafa de dois litros por R$ 100. “É o terceiro ano que estou vendendo, está tendo bastante procura,  eu adoro caçar içá por diversão e aproveito para ganhar um dinheirinho, que é a consequência do que gosto de fazer nessa época”, afirmou.

Tradição
​Na casa do comerciante Paulinho Rodolfo, de Monteiro Lobato, é uma tradição reunir a família para comer a iguaria. "Na quarta-feira (4) a nossa rua aqui no bairro do Souza ficou toda preta de tantos içás. Eu e a minha irmã saimos para caçar e fizemos uma farofa para toda família. Todo ano é assim", disse.

O operador de injetora José Antônio Gomes disse que esta época serve para manter a família unida, já que ele e os irmãos gostam de sair juntos para caçar o inseto e depois fazem uma almoço para toda a família.

“Nós vamos para uma fazenda e passamos o dia todo caçando. Depois fazemos uma farofa para toda a família. É um costume antigo nosso, uma tradição de família”, revelou.




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