MANDELA, O AVESSO DO MITO
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MANDELA, O AVESSO DO MITO



Morreu Nelson Mandela. Como não poderia deixar de ser, desde o primeiro momento a internet foi inundada com homenagens sem fim ao "grande líder pacifista", "defensor da democracia e da liberdade" etc. Durante algum tempo, não vai se falar em outro assunto. Falta pouco para pedirem sua canonização, mas acho que é só questão de tempo.
Como sempre acontece em momentos assim, a emoção costuma tomar conta da razão, e a lenda se sobrepõe à realidade. Sobretudo em países como o Brasil, onde, mesmo com a internet (ou talvez por causa dela) a informação sempre chega de segunda mão (isso quando chega), e onde os heróis cultuados pela esquerda, em suas várias roupagens, são os únicos considerados dignos de reverência. Por isso mesmo é necessário lembrar os fatos, por mais que sejam desagradáveis. Além do mais, sempre tive uma desconfiança instintiva em relação a cultos da personalidade, seja de quem for, os quais só servem para alimentar a mitologia e encobrir a verdade. Se o herói em questão está morto, então, a coisa adquire ares indisfarçáveis de necrofilia, nos moldes dos cultos à múmia de Lênin e a Hugo Chávez, para quem foi criado até mesmo um "Dia da Lealdade e do Amor ao Comandante Chávez" (!).
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Que me perdoem as carpideiras de plantão, e me desculpem se eu estragar o velório, mas a verdade é para ser dita. Sim, é verdade que Mandela foi um símbolo da luta contra o apartheid, o regime racista da África do Sul, tendo permanecido preso durante 27 anos etc. e tal. Por esse motivo, ele é digno de admiração. Mas sim, também há fatos pouco abonadores em sua biografia, geralmente omitidos por seus admiradores (e que serão convenientemente esquecidos por grande parte da imprensa nos próximos dias, semanas, meses e anos).  Mandela, se foi inegavelmente um "grande líder", também tinha um lado negro (sem trocadilho), como também tinham Gandhi e Martin Luther King (que, ao contrário de Mandela, eram pacifistas - ele só se converteria à luta pacífica na cadeia).
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Nelson Mandela tornou-se um misto de santo e herói muito mais pelo caráter odioso do regime que o encarcerou e contra o qual lutou do que por suas qualidades pessoais e políticas. Ele teve o mérito de não ceder ao revanchismo e promover a reconciliação entre brancos e negros na África do Sul após sair da prisão, e nisso ele foi, sim, um gigante – conforme mostra o famoso jogo de rúgbi em 1995 retratado no filme de Clint Eastwood com Morgan Freeman e Matt Damon, Invictus (2009). Fora isso, porém, há pouca coisa a credenciá-lo como um grande herói da humanidade. Além das amizades com ditadores como Fidel Castro, Robert Mugabe e Muamar Kadafi (vejam o video acima, em que Mandela diz aos que estivessem irritados com sua amizade com o "irmão Kadafi" que "pulassem numa piscina"), o Congresso Nacional Africano (CNA), movimento que liderou e que hoje está no poder na África do Sul, tinha inegáveis ligações com o Partido Comunista e seu braço armado, o Umkhonto we Sizwe (liderado por Mandela) praticou o terrorismo como método de luta (membros seus receberam treinamento militar na Líbia de Kadafi). Aliás, foi por isso que ele, Mandela, foi preso e condenado à prisão perpétua. Sua ex-esposa, Winnie, teve vários crimes contra os direitos humanos e de corrupção, cometidos em parceria com o CNA, revelados pela Comissão da Verdade e Reconciliação criada após o fim do apartheid (esta sim, uma Comissão da Verdade de verdade, e não a aberração revanchista criada pelo governo Dilma para tentar reescrever a História e passar uma borracha nos crimes da esquerda). O fato de o regime do apartheid ser desumano e antidemocrático não torna automaticamente democratas e humanistas todos aqueles que se opuseram a ele, assim como os que pegaram em armas contra a ditadura militar no Brasil não eram, eles também, fãs da democracia e dos direitos humanos, muito menos referências éticas (e aí estão os companheiros presos Zé Dirceu e Genoíno para provar).
Além disso, Mandela jamais usou seu enorme prestígio e influência internacional para dizer uma única palavra a favor da democracia e dos direitos humanos em países dominados por ditadores amigos seus, como Cuba, Líbia e Zimbábue – onde impera desde 1980 um verdadeiro regime de apartheid, com perseguições racistas contra a população branca (o racismo mudou de lado, como mostra o absurdo sistema de cotas raciais nas universidades e no serviço público adotado no Brasil). Por sua vez, seus herdeiros e sucessores políticos Thabo Mbeki e Jacob Zuma foram um desastre em quase todos os sentidos, deixando um país assolado pela AIDS, pela corrupção, pelo desemprego e por altos índices de criminalidade. Mbeki já chegou a afirmar que o vírus é uma "farsa imperialista" e Zuma, o atual presidente sul-africano, responde a vários processos por estupro e acredita que fazer sexo com virgens "cura" o homem da doença... Enquanto isso, o CNA, de movimento contra a segregação racial e pelos direitos da maioria negra, virou uma grande máfia clientelista encastelada no poder, uma máquina de corrupção e loteamento do Estado capaz de fazer inveja ao PT ou ao PMDB.
Por tudo isso, arrisco-me a ser linchado pelas patrulhas ao dizer que grande parte das lágrimas que serão derramadas por Mandela deveriam ser poupadas ou, pelo menos, melhor empregadas. Ao contrário do que dirão seus apologistas e os devotos das causas politicamente corretas, Mandela não foi santo e, se foi herói, foi pela metade. Ou poderia ter sido mais. Ele certamente foi grande, mas não tanto quanto pensa a maioria. Infelizmente ou não, a verdade precisa ser dita.

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