Apesar de ter se mostrado publicamente contrário à legalização do casamento gay na Argentina, o papa Francisco é favorável tanto aos direitos homossexuais como à união civil entre pessoas do mesmo sexo. Foi o que disse o ativista argentino Marcelo Marquez, em uma entrevista publicada na rede de televisão norte-americana "CNN".
Em uma ligação feita ao ativista, menos de uma hora após uma carta ser enviada aos líderes da Igreja Católica sobre uma possível manipulação do debate sobre o casamento gay na Argentina, o pontífice disse acreditar que o país ainda não estava pronto para uma lei deste tipo.
"Ele me disse: 'Sou a favor dos direitos dos homossexuais e também das uniões civis para homossexuais, mas acredito que a Argentina ainda não está pronta para uma lei de casamento gay'", contou Marquez, que afirmou ter ficado surpreendido com o telefonema.
O papa liderou uma campanha com duras críticas públicas na tentativa de impedir a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo no país sul-americano. Mas, reservadamente, Bergoglio parecia estar mais aberto à discussão, como relatou o ativista, que é um católico devoto e um ex-professor de teologia em um seminário católico.
Em julho de 2010, quando o Senado argentino aprovou a lei, Bergoglio chegou a afirmar que a liberação do casamento gay era um "ataque destrutivo ao plano de Deus" e que a adoção de crianças por homossexuais era uma maneira de discriminá-las.
Após as declarações, o novo pontífice, então arcebispo de Buenos Aires, sofreu uma reprimenda pública da presidente Cristina Kirchner, que estava em Pequim, na China, em viagem oficial. Kirchner acusou as lideranças religiosas contrárias ao casamento gay de estarem nos "tempos das cruzadas".
"Eles estão retratando isso como uma questão religiosa e moral e uma ameaça à 'ordem natural', quando o que estamos fazendo é olhar para a realidade", disse Kirchner.
Mas, apesar da guerra de palavras entre a presidente e o religioso, Marquez afirma que Bergoglio "sempre tratou os homossexuais com respeito e dignidade". O ativista diz acreditar que, como papa, Francisco se mantenha aberto a discussões.
"Vamos tentar ter um diálogo com o papa", disse Marquez , que trabalha para o Instituto Nacional da Argentina contra a Discriminação.
Em uma ligação feita ao ativista, menos de uma hora após uma carta ser enviada aos líderes da Igreja Católica sobre uma possível manipulação do debate sobre o casamento gay na Argentina, o pontífice disse acreditar que o país ainda não estava pronto para uma lei deste tipo.
"Ele me disse: 'Sou a favor dos direitos dos homossexuais e também das uniões civis para homossexuais, mas acredito que a Argentina ainda não está pronta para uma lei de casamento gay'", contou Marquez, que afirmou ter ficado surpreendido com o telefonema.
O papa liderou uma campanha com duras críticas públicas na tentativa de impedir a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo no país sul-americano. Mas, reservadamente, Bergoglio parecia estar mais aberto à discussão, como relatou o ativista, que é um católico devoto e um ex-professor de teologia em um seminário católico.
Em julho de 2010, quando o Senado argentino aprovou a lei, Bergoglio chegou a afirmar que a liberação do casamento gay era um "ataque destrutivo ao plano de Deus" e que a adoção de crianças por homossexuais era uma maneira de discriminá-las.
Após as declarações, o novo pontífice, então arcebispo de Buenos Aires, sofreu uma reprimenda pública da presidente Cristina Kirchner, que estava em Pequim, na China, em viagem oficial. Kirchner acusou as lideranças religiosas contrárias ao casamento gay de estarem nos "tempos das cruzadas".
"Eles estão retratando isso como uma questão religiosa e moral e uma ameaça à 'ordem natural', quando o que estamos fazendo é olhar para a realidade", disse Kirchner.
Mas, apesar da guerra de palavras entre a presidente e o religioso, Marquez afirma que Bergoglio "sempre tratou os homossexuais com respeito e dignidade". O ativista diz acreditar que, como papa, Francisco se mantenha aberto a discussões.
"Vamos tentar ter um diálogo com o papa", disse Marquez , que trabalha para o Instituto Nacional da Argentina contra a Discriminação.