Pensando nisto, vou ao sábio e ele me diz que Deus fez tanto um como o outro (confira em Ec 7:14). Assim o Senhor permite passar pela noite do pranto. O momento de tristeza é sempre uma experiência dura, mas é ainda uma manifestação da vontade soberana de Deus. Na escuridão tenho que enfrentar o inevitável vale da sombra da morte que tanto parece interminável como não oferece nenhuma perspectiva. A noite existencial é quando a vida perde o sentido e o futuro já parece não está mais lá. A angústia e a solidão tornam-se as únicas companheiras nessa dura e difícil travessia. Nestas circunstâncias, o que fazer?
Deixe-me apresentar três respostas rápidas, mais biblicamente seguras. Primeiro: não pergunte por que; o Senhor não dá nem a mim nem a você o direito de questionar suas ações (esta foi uma lição dura que o patriarca teve de aprender – veja em Jó 38:12). Segundo: saiba que o Senhor está ao seu lado mesmo na mais escura noite, pois a companhia divina é uma promessa (proferida em Mt 28:20 e cantada no Sl 23:4). E terceiro: deixe-se levar pela esperança; não são a razão e os esforços humanos que trarão o raiar do novo dia mas a ação direta de Deus, e é preciso apenas confiar nisto (considere Hb 11:1 e Rm 4:18).
Ora, a noite da vida é a oportunidade que o Senhor concede a cada um de se entregar inteiramente à graça que haverá de providenciar resgate (creio que 1Pe 1:13 vai nesta linha). Então, se a noite é inevitável com o choro que a acompanha, que eu passe por ela com fé e coragem a fim de que para mim chegue a manhã da alegria de Deus.