Os estudos mostram que eles aumentam ataques cardíacos, derrames e morte precoce. O motivo estaria na elevada quantidade de sal.
Pacientes que tomam regularmente formas solúveis de aspirina, paracetamol, ibuprofeno e outros medicamentos, possuem 22% mais riscos de ter acidente vascular cerebral e 7% mais propensos a sofrer com hipertensão arterial. Além disso, tiveram 28% mais probabilidade de morte precoce.
Os analgésicos nas versões efervescentes contêm 50% mais sal do que os limites diários recomendados de ingestão para adultos. O estudo foi realizado pela University College London, em parceria com a Universidade de Dundee.
Os pesquisadores querem que as indústrias farmacêuticas coloquem nos rótulos alertas para os pacientes, evitando o consumo diário das versões solúveis.
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No mundo, milhões de adultos, em especial idosos, consomem analgésicos por longos períodos de tempo para tratar problemas como artrite ou reumatismo, além de suplementos com cálcio, usando por pessoas com osteoporose.Muitas pessoas preferem a versão solúvel por serem mais fáceis de engolir, além da visão popular de que fazem efeito mais rápido.
Durante o estudo, cientistas monitoraram pacientes que tomavam versões solúveis de aspirina, paracetamol, ibuprofeno, além de suplementos como vitamina D, zinco e cálcio, durante 7 anos.
Os que tomaram as versões efervescentes por qualquer período de tempo tinham 16% mais probabilidades de sofrer um ataque cardíaco, derrame ou morte precoce.
Em média, os pacientes apresentam esses problemas após 4 anos da primeiraprescrição médica com estes medicamentos.
As diretrizes europeias dizem que um adulto não pode consumir mais do que 5g de sal por dia. Os pacientes que consomem estes produtos ultrapassam essa dose em 50%.
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Os cientistas calculam que um adulto consome 8g de sal por dia. De acordo com as perspectivas, se esse número se reduzisse em 3g, mais de 30.000 mortes seriam evitadas só no Reino Unido.Os maiores vilões sobre altos índices de sal estão em alimentos industrializados, pratos prontos e congelados, sanduíches e macarrão instantâneo (neste caso, o problema está no tempero que vem dentro do pacote).“Ficamos surpresos com a quantidade de sal que havia em cada sachê. As pessoas identificam quantidades de sal em alimentos, mas não sabem nada sobre isso em medicamentos”, comentou Thomas Macdonald, um dos responsáveis pelo estudo.