Antigamente após prestar o juramento em que o médico jura mostra-se fiel aos preceitos da honestidade caridade e da ciência os detentores de tal vocação lutavam e mostravam extrema preocupação pela saúde de seus pacientes. Hoje, bem diferente de tal vocação, a medicina no Brasil é uma casta oportunista de carniceiros envolvidos em artimanhas e o que menos fazem é desenvolver um sentimento de amor e caridade para aqueles os quais precisam de sua ajuda.
Do início para relembrar os fatos, as faculdades de medicina no Brasil não foram criadas para membros de
classes
menos abastadas, nas faculdades federais o que menos se encontra dentro dos cursos de medicina são pessoas que ingressaram das regiões mais pobres, ou com um padrão de vida que beira a informalidade. Já de cara para se entrar, o elemento tem que se preparar em um curso preparatório que além de tomar todo o seu tempo, custa uma grana preta que não vem obviamente de seu trabalho e sim da rechonchuda conta de seu papai ou da vovó que já são médicos numa linhagem grande em cada família.
Lógico que não descarto aqui uma mínima camada de jovens que fizeram milagres, por não pertencerem a estes grupos e não tinham papais abastados para dar cabo no ''sonho de '' ser médico. Bem voltando ao assunto e observando sobre uma ótica mais abrangente, agora sobre o sistema de saúde atual precário no País, é relevante salientar que não é só o sistema que é precário, sobre o aspecto da falta de recursos materiais e pessoais, mas o caráter em si dos médicos decaiu muito ao longo deste processo de degradação.
A soberba médica tomou posse dos aspirantes da profissão, incutidos pelo corporativismo exacerbado, que existe em buscar direitos individuais acima de qualquer profissão. Existe falta de médicos porque os que tem, querem ganhar enormes somas de cifras dignas de marajás apresentando um trabalho falho com faltas injustificadas e saídas descomprometidas nos ambulatórios que precisam de atendimento nos mais variados lugares deste Brasil afora. Não vou nem falar do erros médicos acobertados pelo Conselho de Medicina, enfim ''eles'' os maiorais se tornaram detentores entre a vida e a morte dentro de prontos socorros, quando decidem por sua própria vontade, quem deve ser atendido primeiro, um acidentado grave de moto (vítima de preconceito quase sempre), ou alguém que está aparentando ter uma dor de cabeça. Esta casta agora viu seus direitos afrontados com o ato médico, onde pontos vetados pela presidenta desagradam os seus interesses porque não os deixa em patamares superiores a tudo no que diz respeito a saúde pública.
A Dilma só vetou alguns pontos como a prescrição de alguns atos exclusivos a médicos, não porque ela é contra esta casta, mais porque existe dentro da máquina estatal muitos que não são médicos, mas ocupam cargos, sejam pelo tempo de serviço ou experiência, posições de chefia e coordenação em áreas de saúde, o que se não fosse o veto praticamente colocaria uma trava na governabilidade do Ministério da saúde em todo o território nacional. Saíram as ruas com suas bandeiras parando estradas e vias contra o veto do governo, ora uma ''afronta a nós médicos'', e prometem criar mais problemas ao País afinal são eles que mandam!
Como já se não bastasse tudo isso, há uma suspeita de boicotar o programa médicos sem fronteiras, na qual eles mesmos se inscrevem em massa no programa cujo o objetivo e levar médicos para lugares distantes e depois desistem deixando então o programa a ver navios. Pergunta que não quer calar, e o povo? E os mais pobres e desassistidos onde ficam? Onde está neste contexto e nesta ''queda de braço'' os direitos das quais estes que se dizem altos profissionais, na qual juraram fidelidade e caridade, honestidade prometeram ajudar?
O interesse deles está no bolso e sempre será assim, a ganância por dinheiro e por status vão definhando os seres humanos e esta classe corrompida não é diferente. Claro que existe uma exceção, mas são cada vez mais puquíssimos profissionais comprometidos com seus ideais. O resto não sabe lidar mais com pessoas, talvez já perderam a percepção de lidar até com animais! Pois tratam quem chega a pedir ajuda socorro com descaso e ignorância, mas seus direitos e revindicações sabem muito bem como conseguir. Pena a medicina real morreu de infecção generalizada, e seus órgão não podem servir de exemplo de doação à vida.