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Festival é pano de fundo para bate-boca em Queimados

QUEIMADOS - Foi só o prefeito de Queimados Max Lemos (PMDB) anunciar o secretário de Fazenda Carlos Vilela como seu candidato à sucessão, durante um evento fechado no início do mês, para os bastidores políticos voltarem a ferver na cidade. E, um tradicional festival de teatro, ou melhor, a não realização dele em sua plenitude, virou motivo de discórdia entre ‘aliados’ nas redes sociais.

Prefeito de Queimados, Max Lemos, e deputado Zaqueu Teixeiras discutiram nas redes sociais

Foto: Nei Lima / Agência O Dia

Pré-candidato a prefeito pelo PT e marido da vice-prefeita Márcia Teixeira, o deputado estadual Zaqueu Teixeira (PT) aproveitou para cutucar aquele que lhe prometera apoio há três anos. “Falta de visão da importância da cultura e a falta de criatividade e capacidade de gestão financeira numa cidade que se desenvolve, que recebeu várias empresas no Distrito Industrial e no comércio. Não venham colocar a culpa na crise”, postou o deputado em suas redes sociais, referindo-se ao fato da prefeitura reduzir o número de espetáculos do Festival de Teatro de Queimados de 18 para 2 “devido ao momento econômico”.

Max Lemos não deixou barato e retrucou: “O povo de Queimados sabe que nossa gestão tem estimulado esporte, cultura e lazer como nunca na história. Foram pequenos, médios e mega eventos. Não me causa estranheza o deputado saber disso. Ele não tem militância ativa na cidade, conhece muito pouco daqui. Seu mandato nunca ajudou o município, principalmente na cultura”, disse.

A redução do númerode espetáculos motivou a estudante de produção cultural Letícia de Morais a criar um evento no Facebook, o ‘O Enterro do Festival de Teatro de Queimados”, um protesto para 1º de setembro, sem local definido.

Cadê a lei municipal de cultura?

O embate entre os dois continuou. “Prefeito Max, estou onde todo deputado estadual deve estar, na Alerj. Lá, presido a Comissão de Cultura e aprovei a lei estadual de cultura mais avançada do Brasil. V.Exa. deve criar a lei municipal de cultura e seu fundo municipal para que recursos sejam recebidos.Já enviou a mensagem para a câmara de vereadores?”, indagou Zaqueu, que completou: “Não sou bajulador, não digo amém para tudo que o senhor faz.”

Max Lemos contestou: “Instituímos o festival de teatro há seis anos. Não é possível que o deputado não saiba disso. Estamos apenas adiando para manter os salários dos servidores em dia. Surpreende um parlamentar dizer que não tem crise econômica no momento”, finalizou.

Via: O DIA

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