HPV (papilomavírus humano) é o nome genérico dado a um grupo que engloba mais de cem tipos diferentes de vírus. Muitos deles são perigosos para a saúde da mulher e, se não tratados, podem levar ao câncer de colo do útero, o segundo que mais mata no Brasil.
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Segundo explica a ginecologista e obstetra Poliani Prizmic, do Hospital e Maternidade Rede D’Or São Luiz, o HPV pode provocar a formação de verrugas na pele em diversas regiões do corpo, como a oral, incluindo lábios, boca, cordas vocais, etc., anal e genital, bem como na uretra. “As lesões genitais podem ser de alto risco quando evoluem para tumores malignos, especialmente o câncer do colo do útero e do pênis, mas também podem apresentar baixo risco, quando não estão diretamente relacionadas ao câncer”, afirma.
Na mulher, a doença é mais difícil de ser diagnosticada, já que exige exames especializados, como o Papanicolau. Segundo explica a ginecologista e obstetra Bárbara Murayama, ela é, em muitos casos, assintomática, e grávidas que não sabem que possuem o vírus podem transmiti-lo ao bebê. “Existem muitos mitos quanto à transmissão. O que as futuras mães precisam saber é que detectar o vírus pode evitar a contaminação do recém-nascido, além de prevenir o câncer em si mesmas”, orienta.
Transmissão no momento do parto
Dra. Bárbara cita um estudo feito com 469 coreanas no qual 72 foram diagnosticadas com o vírus HPV. Destas, 20,8% transmitiram a doença aos bebês. No entanto, o vírus não foi identificado nem na placenta e nem no cordão umbilical, o que eliminou a hipótese de contaminação dentro da barriga e apontou para o momento do parto. “Mulheres que tiveram parto normal e que tinham vários tipos de HPV ao mesmo tempo, o que não é tão incomum, mostraram maiores chances de contaminação do bebê”, relata a especialista.
No entanto, dois meses após o nascimento, as crianças não apresentavam mais o vírus HPV. Apesar do cenário positivo, Dra. Bárbara alerta que, devido à fragilidade do organismo do recém-nascido, a medida mais segura é preveni-lo de uma infecção previsível.
Prevenção e tratamento
Segundo Dra. Poliani, a transmissão do HPV é feita, principalmente, via sexual, mas também pode ocorrer através do contato pele a pele. Portanto, o uso de preservativo durante o sexo, incluindo o oral, é imprescindível para a prevenção.
A mulher que planeja engravidar deve redobrar sua atenção a este assunto e buscar detectar a doença o antes da concepção. “O tratamento pode ser feito com remédios ou intervenções cirúrgicas como cauterização química, eletrocauterização, crioterapia ou laser”, cita Dra. Bárbara. “Durante a gravidez, essa intervenção é mais difícil”, completa.
Caso sejam detectadas verrugas causadas pelo HPV no canal de parto, ou seja, local por onde passa o bebê, e se não houver tempo para tratar a mulher antes do parto, a recomendação é que seja feita uma cesárea, evitando que o recém-nascido entre em contato com as áreas contaminadas.
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