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Justiça determina reabertura do Hospital de Mesquita
Fotos: Lélio Neto/Conecta
MESQUITA- Depois de permanecer com as portas fechadas por cinco anos, a justiça federal decretou que o Hospital Municipal Governador Leonel de Moura Brizola, em Mesquita, terá que voltar a atender à população. A decisão foi tomada pela 26ª Vara Federal do Rio de Janeiro que alegou que a prefeitura de Mesquita violou as regras de direito à saúde aos cidadãos ao desativar a unidade e ainda determinou a contratação imediata de 77 médicos para atuarem no hospital.
Segundo o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), a justiça constatou que o fechamento do único hospital geral do município afetou não só a população carente local como cidades vizinhas, já que os pacientes buscam atendimento hospitalar em outros lugares.
A decisão judicial defendeu que o município deixou assistir aos cidadãos ao determinar o fechamento do Hospital Leonel de Moura Brizola sem oferecer à população outra unidade hospitalar que realize procedimentos cirúrgicos e internações de longa permanecia.
“Não é de hoje que estamos denunciando o caos que está a saúde pública, com médicos trabalhando em condições precárias e atrasos salariais. A população, infelizmente, é a que mais sofre com tudo isso”, afirma Pablo Vazquez, presidente do Cremerj.
Para a professora aposentada, Terezinha de Moraes Souza, de 60 anos, a reabertura do hospital traria segurança para a população. Ela, que teve seus dois filhos na unidade, ainda receia criar expectativas."Essa notícia de que iriam reabrir o hospital São José é velha. Estamos esperando, e até hoje, nada. Seria ótimo se fosse verdadeira, porque o povo precisa ter para onde correr", desabafou a aposentada.
Procurada, a prefeitura de Mesquita não informou quais medidas tomará em relação à decisão judicial.
Sem profissionais
O Hospital Municipal Governador Leonel de Moura Brizola (antigo Hospital São José), de Mesquita, fechou as portas em novembro de 2011, por ordem da Secretaria Municipal de Saúde sob alegação de que não havia médicos para trabalhar na unidade. O secretário de Saúde à época, Alexandre Olivares, disse que dos 70 médicos que atuavam no hospital, apenas 14 permaneceram e foram encaminhados a outras unidades municipais. A maioria teria pedido demissão, alegando “baixo” o salário em torno de R$ 5 mil, pago pela prefeitura.
O hospital atendia cerca de 350 pessoas diariamente nas especialidades Clinica Geral, Pediatria, Cardiologia, Ortopedia e maternidade de baixo risco.
“Esperamos que, após a decisão judicial, haja melhora no atendimento à população e nas condições de trabalho dos médicos e de outros profissionais de saúde que atuam em Mesquita. Queremos que os governantes façam o que tem que ser feito, que é gerir a saúde com qualidade”, finaliza Vazquez.
por: Marco Canosa
via:conectabaixada
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