Jozef Michalik criou uma nova polémica, ao comentar os casos de pedofilia que envolvem padres. Numa conversa com os jornalistas, o arcebispo, líder da igreja Católica na Polónia, defendeu os padres e responsabilizou as crianças de famílias desestruturadas. “Essas crianças procuram proximidade com outros. E podem perder-se, fazendo com que a outra pessoa também se envolva”, sustentou Jozef Michalik, numa análise a abusos sexuais da responsabilidade de padres da Igreja Católica. Estas palavras caíram como uma bomba no seio da Igreja e provocaram indignação de diversas personalidades. De imediato, Michalik recuou na sua declarações e argumentou que foi “mal interpretado”. O responsável máximo da Igreja Católica pediu desculpa pelas suas palavras e sublinhou que não pretendeu culpar as crianças pelos abusos sexuais de que são vítimas. No entanto, esta não é a primeira vez que Jozef Michalik retira culpas a padres que se envolveram com crianças. Segundo garante a imprensa da Polónia, em 2004, Michalik colocou-se ao lado de um padre que cometeu crimes de pedofilia e que foi condenado pelos mesmos. Refira-se que os tribunais polacos condenaram, desde 2001, 27 padres, por abusos de menores. No entanto, a maioria teve penas suspensas ou pouco pesadas, o que suscitou o debate sobre a (in)justiça, perante estes casos que envolvem párocos da Igreja Católica polaca. A Igreja Católica na Polónia tem uma forte influência, não apenas pelo legado de João Paulo II. Esta religião marca as cerimónias de Estado, num país onde o catolicismo é parte importante da formação académica http://www.ptjornal.com | O histórico de defesa de padres pedófilos na Polónia, por parte de Jozef Michalik, responsável máximo da Igreja Católica, conheceu um novo episódio, com o arcebispo a culpar as crianças que “procuram proximidade com outros”, até que se “perdem”, fazendo com que “a outra pessoa também se envolva”. E a outra pessoa pode ser um padre...