Memórias de um grito de liberdade em Queimados
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Memórias de um grito de liberdade em Queimados



Na semana em que o município completa 25 anos, “emancipadores” recordam história de luta até a tão sonhada independência

A força da juventude nos tempos áureos da década de 80, hoje, dá lugar aos cabelos esbranquiçados dos “emancipadores de Queimados”, como ficaram conhecidos, o economista Carlos Villela (64), o pastor  Josias Matos (73) e o professor Luiz Alonso (75), alguns dos representantes da comissão de emancipação ainda em vida. As lutas e dificuldades para conseguir o tão sonhado brado de independência do município que completa 25 anos nesta quarta-feira (25), atualmente fazem parte apenas das lembranças, porém, cada detalhe, reunião, todas as assinaturas e votos, estão cada dia mais vivos na memória de cada um desses guerreiros que foram fundamentais para a independência política-administrativa de Nova Iguaçu.  
A cidade de Queimados, até então distrito de Nova Iguaçu, via na emancipação a chance de crescimento e de uma vida melhor para os moradores da localidade. Após sofrer com uma forte enchente, a população penou com a demora em conseguir socorro e atendimento e percebeu a necessidade “de andar com as próprias pernas”. Em 1984, foi enviado ofício ao deputado Paulo Ribeiro, então presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, acompanhado de assinaturas de eleitores da 84ª Zona Eleitoral, que reivindicavam a criação de um novo município. A partir daí deu-se o primeiro passo para a emancipação.

No dia 10 de julho de 1988, os queimadenses foram às urnas pela primeira vez em busca da emancipação, mas o "quórum" necessário não foi atingido. A diferença de 12.254 votos para alcançar o mínimo exigido por lei deveu-se em grande parte às abstenções de Engenheiro Pedreira (50%) e Japeri (70%). O atual secretário municipal de Fazenda e Planejamento, Carlos Villela, se emociona ao falar deste primeiro processo: “Na primeira tentativa, a delimitação era bem maior, pois englobava Japeri, Engenheiro Pedreira e Cabuçu. No plebiscito para decidir a emancipação, teve um alto índice de abstenções e não conseguimos o nosso objetivo. Isso nos frustrou muito, mas não desistimos”, disse.

O revés não desanimou a luta dos bravos guerreiros. Com a promulgação da Constituição de 1988, articulou-se novamente uma “comissão pró-emancipação”, a qual recebeu o nome de A.A.P.Q. (Associação dos Amigos para o Progresso de Queimados). Hoje, o militar e professor aposentado, Luiz Alonso destaca a volta por cima após o pleito derrotado: “Foi um grande baque. Mas voltamos à luta. Excluímos os locais que não tinham ligação com a cidade e buscamos o apoio maior de grupos religiosos, como os evangélicos, por exemplo. Deu tudo certo desta vez.”, destacou.

Vitória veio em segundo pleito

Com os novos limites geográficos definidos, excluindo-se as localidades cuja população não se sentia identificada com Queimados (Cabuçu e Marapicu, por guardarem íntima ligação com Nova Iguaçu, e Engenheiro Pedreira, por já estar em articulação; o processo que culminaria na emancipação de Japeri, em 1991), a vitória, enfim, aconteceu na nova consulta popular realizada em 1990. Dos 57. 465 mil eleitores, 35. 120 mil votaram a favor da emancipação.

Apenas um mês depois da realização do plebiscito, o então governador Moreira Franco aprovou a Lei 1773, oficializando a criação do novo município. Entretanto, as primeiras eleições só se realizariam no ano de 1992 com a eleição do primeiro prefeito Dr. Jorge Pereira. Após 25 anos, o município colhe os bons frutos daqueles que plantaram a semente lá atrás. Terceira cidade que mais cresce em desenvolvimento econômico no país, segundo levantamento divulgado pela Revista Exame, o clima bucólico dá vez ao som pesado das fábricas que alavancaram o crescimento industrial.

“Foi um grande e decisivo passo que nossos emancipadores deram para mudar o futuro de Queimados. Tínhamos poucos recursos, que eram divididos e escassos. Ficava apenas o que sobrava da cidade mandatária (Nova Iguaçu). Lutamos por nossa liberdade e conquistamos muitas vitórias. Atualmente, é impossível imaginar Queimados dependendo de outra cidade da Baixada Fluminense. Demos o nosso grito de independência”, comemora o prefeito Max Lemos.





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