Andrés Guardado é o motor do meio de campo mexicano. Responsável pelo lado esquerdo do setor, ele pode ser encontrado na frente, incomodando a saída de bola do adversário, ou mais atrás, cortando aproximações perigosas. Contra a Croácia, três minutos após Rafael Márquez ter feito 1 a 0, o habilidoso canhoto invadiu a área adversária e anotou o segundo gol dos astecas, dando tranquilidade à equipe na briga pela vaga nas oitavas de final do Brasil 2014.
"Foi meu gol mais especial, porque foi em uma Copa do Mundo", confessou o sorridente jogador de 27 anos em entrevista exclusiva ao FIFA.com. Sua alegria é natural. Embora esteja disputando seu terceiro Mundial, o meia não havia conseguido deixar sua marca nas seis partidas anteriores. "Simplesmente não dá para explicar o que senti. Foi uma sensação de adrenalina enorme. Estou muito feliz, mas principalmente satisfeito pela maneira como a equipe atuou e como todos os jogadores estão comprometidos, compartilhando o mesmo objetivo, entre outras coisas", acrescentou.
De fato, foi a força coletiva que salvou o México nas complicadas eliminatórias e o levou a uma grata participação no Brasil 2014. Para ilustrar essa coesão, basta dizer que a equipe avançou para a segunda fase com apenas um gol sofrido. "Não foi uma mera classificação, nos classificamos com estilo e muito mérito, jogando de uma maneira que nos agrada e nos dá muita confiança. Mas, apesar do que fizemos, ainda não conquistamos nada. Nosso objetivo ainda não foi cumprido", ponderou o jogador do Bayer Leverkusen.
Solidariedade, experiência e autoconfiança
A adversária que agora espera os mexicanos em Fortaleza é ninguém menos que a Holanda, uma seleção que tem brilhado com luz própria até aqui na competição. "Sim, será um jogo duro", admitiu. "As três partidas da fase de grupos já foram difíceis, especialmente contra o Brasil, outro favorito. Vamos com a mesma expectativa: fazer história para o México."
A adversária que agora espera os mexicanos em Fortaleza é ninguém menos que a Holanda, uma seleção que tem brilhado com luz própria até aqui na competição. "Sim, será um jogo duro", admitiu. "As três partidas da fase de grupos já foram difíceis, especialmente contra o Brasil, outro favorito. Vamos com a mesma expectativa: fazer história para o México."
Comandados pelo capitão Robin van Persie, os holandeses contam com uma equipe jovem e veloz, que tem uma capacidade letal de aproveitar os espaços. Do outro lado, porém, estará uma das melhores retaguardas da Copa. "O segredo da nossa defesa é a participação de todos. O mérito não é apenas do goleiro ou dos defensores. Até Oribe e Giovani têm nos ajudado muito. Se a bola chegar até nós, do meio de campo, estaremos prontos. Caso contrário, contamos com uma linha defensiva de cinco jogadores. E como último recurso, temos Memo Ochoa, que está jogando muito bem", analisou.
Além do comprometimento de toda a equipe, outro aspecto fundamental para a força defensiva do México é o experiente capitão Rafael Márquez. "Sua maneira de liderar sempre foi conversando individualmente e também pelo exemplo. Ele não precisa nos dizer muita coisa. Basta vê-lo em campo, um cara que ganhou tudo, tem 35 anos e, em sua quarta Copa do Mundo, está jogando desse jeito... Sentimos um grande orgulho de tê-lo na seleção."
A sorte está lançada. Apenas 90 minutos separam o México da tão sonhada quinta partida no Mundial. Com um espírito de grupo impecável, o selecionado asteca entrará em campo disposto a tudo para conseguir a vitória. "A verdade é que não temos medo de ninguém, estamos felizes de enfrentar quem quer que seja e esperamos sair vencedores. Vamos jogar de igual para igual e complicar a vida deles, porque o México não é nada fácil. E vamos em busca da classificação, que é o que realmente queremos", alertou.