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O atacante nigeriano Emmanule Emenike tem experiência suficiente para saber lidar com as expectativas, mas também sabe que elas serão ainda maiores depois do empate sem gols com o Irã na estreia pelo Grupo F. "Você não pode se esconder da pressão, porque o futebol é um esporte de pressão e todo mundo espera muito de você", aponta o camisa 9 da Nigéria. No entanto, as armas do ataque campeão africano falharam em disparar na Arena da Baixada, e precisarão fazer mais para convencer a apaixonada torcida nigeriana diante da Bósnia e Herzegovina na segunda rodada da chave. 
Afinal, o time recebeu algumas críticas pelas ruas de Lagos e Abudja e em toda a nação do oeste da África, mas o centroavante do Fenerbahçe, da Turquia, promete mais trabalho ao torcedor. "Quando as coisas não vão bem, todo mundo fala, e todo mundo fala o que quiser", disse ele à FIFA. "Mas o que se pode fazer? É preciso continuar trabalhando duro, e só. A pressão precisa existir. A partida não aconteceu da maneira que queríamos, mas precisamos seguir em frente e ganhar o jogo com a Bósnia e Herzegovina para ver o que acontece. A partida contra o Irã foi decepcionante."
A seleção desperta enorme paixão entre as 170 milhões de pessoas do país mais populoso do continente, e quando a equipe de Stephen Keshi entrar no gramado da Arena Pantal às 23h no horário nigeriano, Emenike espera que a confiança se renove. "A Nigéria é um país apaixonado por futebol e todo mundo para até para as partidas sub-17 e sub-20", explica o jogador de 27 anos, que foi um dos artilheiros da última Copa Africana de Nações. "Até os moradores de rua dão um jeito de ver a Nigéria jogar, então sempre queremos fazer o nosso melhor para deixar o país contente, porque todos sempre querem ver a Nigéria jogar e sempre querem que a gente vá bem."
Embora tenham dominado a posse de bola e finalizado mais do que a equipe asiática, os nigerianos não aproveitaram a partida em que eles tinham mais chances de conquistar três pontos, considerando a situação de cada selecionado no último Ranking Mundial da FIFA/Coca-Cola. Consequentemente, Emenike reconhece que os ânimos ficaram abalados em Curitiba, mas revelou que a seleção já recuperou o vigor antes do confronto com os únicos estreantes deste Mundial. "A união continua existindo", afirma. "Acho que logo depois do jogo com o Irã, o clima no vestiário era meio de abatimento. Mas agora, vendo ontem e hoje, todo mundo está batalhando, até nos treinos."
Na visão dele, a presença de atletas experientes é um fator que ajudou a equipe a superar a decepção. Joseph Yobo e Vincent Enyeama estão prestes a completar cem jogos pela Nigéria, e essa bagagem fez a diferença nas conversas de vestiário. "Eles sempre conversam conosco e tentam nos aconselhar, principalmente o Yobo, que é o capitão", conta o atacante. 
Essa escolha das palavras foi o que restaurou o foco dos nigerianos antes do importante duelo com a seleção bósnia, o qual decidirá se a Nigéria dependerá apenas de si para lutar pela classificação às oitavas de final. "O Yobo está sempre tentando falar com os jogadores,(lembrar que o resultado contra o Irã) não foi o fim do mundo, porque podemos vencer a Bósnia e ainda assim avançar", diz Emenike. 
Enquanto o povo nigeriano estiver assistindo e incentivando a seleção na noite de sábado, é o apoio do torcedor e o amor à camisa que ele terá em mente quando partir para cima da defesa bósnia. "Sempre busco mostrar o meu valor, comparecer e jogar pela Nigéria, porque jogo pelo escudo que carrego no peito", declarou um emocionado Emenike. "Eu jogo pelas pessoas que estão no nosso país, nos acompanhando pela televisão. Isso é tudo o que eu posso dizer."