Bem vindos mais uma vez ao mundo real
A maioria das pessoas já deve estar sabendo que a África está enfrentando um inimigo violento, o vírus Ebola, que desde fevereiro desse ano vem disseminando a população africana, vamos conhecer um pouco mais sobre esse vírus cruel e alguns fatos que estão circulando na imprensa.
Descoberta e surtos
O ebola foi primeiramente descoberto em 1976 por uma equipe comandada por Guido van Der Groen, chefe do laboratório de Microbiologia do Instituto de Medicina Tropical de Antuérpia, na Bélgica.
Desde a sua descoberta, diferentes estirpes do Ebola causaram epidemias com 50 a 90% de mortalidade na República Democrática do Congo, Gabão, Uganda e Sudão. A segunda epidemia ocorreu em 1979, quando 80% das vítimas morreram. Em maio de 1995, a cidade de Mesengo, a cento e cinquenta quilômetros de Kikwit, no Zaire, foi atingida pelo vírus, que matou mais de cem pessoas. Há suspeitas de casos no Congo e no Sudão. O primeiro desse tipo de vírus apareceu em 1967, foi o Marburg, a partir de células dos rins de macacos verdes de Uganda.
Foi registrado um novo surto em julho deste ano na África Ocidental nos países de Serra Leoa, Guiné, Libéria e há registro de um caso preocupante na Nigéria por ser o pais mais populoso da África. É a primeira vez que um surto aparece na África Ocidental.
Transmissão
O vírus ebola é transmitido aos humanos pelo contato direto com sangue ou secreções de animais infectados, tais como morcegos e chimpanzés, entre os humanos a forma de contaminação é a mesma. Frequentemente, funcionários da saúde que mantém contato direto com doentes ou mortos, são infectados. Pelo sêmen a transmissão pode ocorrer até sete semanas após a recuperação clínica da doença.
As populações africanas são infectadas em alto número, devido à cultura das aldeias, onde as famílias tem o costume de lavar o corpo dos mortos de forma manual e com cuidado antes do enterro. Assim, o indivíduo morto pelo Ebola, transmite o vírus a todos aqueles que tiverem contato com o corpo.
Sintomas
O período de incubação pode variar de 2 a 21 dias, mas é geralmente de 5 a 10 dias. Os sintomas são variados e muitas vezes aparecem subitamente.
Os primeiros sintomas incluem febre alta (pelo menos 38,8 ° C; 101.8 ° F), dor de cabeça severa, dores musculares, dor abdominal, grave fraqueza, cansaço, dores de garganta, náuseas, tonturas, sangramento interno e externo. Antes de você suspeitar de um surto, esses sintomas iniciais são facilmente confundidos com malária, febre tifoide, disenteria, gripe ou várias infecções bacterianas, que são todos muito mais comuns e confiantemente menos fatal.
Ebola pode progredir para causar sintomas mais graves, como diarreia, fezes escuras ou sangrentas, vômito de sangue, os olhos vermelhos devido a distensão e hemorragia de arteríolas esclerótica, petéquia, erupção cutânea maculopapular e púrpura. Outros, secundários sintomas incluem taquicardia, hipovolemia e hipotensão (pressão arterial baixa). A hemorragia interior é causada por uma reação entre o vírus e as plaquetas que produz um produto químico que irá cortar o tamanho das células nas paredes capilares.
Hemorragias internas e externas de orifícios como o nariz, boca e feridas na pele. Vírus Ebola podem afetar os níveis de glóbulos brancos e plaquetas, interromper a coagulação. Mais de 50% dos pacientes irá desenvolver algum grau de hemorragia.
Prognóstico
Febre hemorrágica Ebola é potencialmente letal e engloba uma variedade de sintomas como febre, vômitos, diarréia, dor generalizada ou mal-estar e sangramento, por vezes, interno e externo. O intervalo de tempo de início dos sintomas até a morte é geralmente entre 2 e 21 dias.Na segunda semana de infecção, a febre do paciente vai diminuir ou o paciente irá sofrer falha sistêmica multi-órgãos. As taxas de mortalidade são normalmente elevadas, com a taxa de fatalidade caso humana variando de 50–90%, dependendo da espécie ou estirpe viral. A causa da morte é normalmente devido a uma falha de órgão ou choque hipovolêmico.
O diagnóstico e o tratamento
O diagnóstico é feito pela observação direta do vírus com microscópio eletrônico em amostra sanguínea ou por detecção com imunofluorescência de antigênios.
Não há vacina, cura, nem tratamentos eficazes. Os doentes devem ser postos em quarentena e os familiares devem ser impedidos de ter qualquer forma de contato com o doente, ou mesmo de tocar o corpo após o falecimento.
Devem ser administrados cuidados básicos de suporte vital como restabelecimento de eletrólitos e fluidos perdidos, além de possíveis tratamentos paliativos.
2014 - O pior surto registrado e as noticias pelo Brasil
Atualmente a África passa pelo pior surto de Ebola já registrado com cerca de 700 vitimas de fevereiro deste ano até os dias de hoje, segue algumas noticias e alguns trechos de matérias que você encontrará pela internet.
26/06/2014
OMS declara que atual epidemia de ebola é a mais grave da história.
A organização Médicos Sem Fronteiras alertou que o surto de ebola está fora de controle.
A entidade teme que a epidemia se alastre mais ainda caso não haja uma forte resposta internacional.
27/06/2014
A OMS (Organização Mundial de Saúde) disse considerar necessário que sejam tomadas "medidas drásticas" para conter o surto de ebola na África Ocidental.
A OMS teme a possibilidade de "propagação internacional". A organização enviou 150 especialistas para a região para ajudar a prevenir a propagação do vírus, mas admite que "houve aumento significativo" no número de casos e mortes. O surto começou há quatro meses e continua a se espalhar.
Até agora houve mais de 600 casos e cerca de 60% das pessoas infectadas com o vírus morreram. A maioria das mortes ocorreu no sul de Guekedou, na região da República da Guiné.
28/07/2014
Ebola pode se espalhar como um rastilho de pólvora, alertam EUA.
"Nossa preocupação é que a epidemia pegue fogo no exterior, como um incêndio florestal que pode se propagar a partir de uma única árvore, só com as faíscas", disse Monroe.
"Isto foi claramente o que aconteceu na Libéria", acrescentou, observando que naquele país não tinha sido registrado nenhum caso do Ebola em 21 dias, período máximo de incubação, até que surgiram novos casos.
"Até que possamos identificar e interromper cada fonte de transmissão, não seremos capazes de controlar a epidemia", insistiu.
Libéria anunciou o fechamento de parte de suas fronteiras para tentar deter a propagação da febre hemorrágica. Na semana passada foi confirmado o primeiro caso na Nigéria.
29/07/2014
Americano que morreu por Ebola teve contato com 59 pessoas em 2 aviões
Patrick Sawyer, 40, permaneceu em quarentena em um hospital na Nigéria, mas não resistiu ao Ebola e morreu na última sexta-feira dia 25.
Sawyer, que trabalhava na Libéria, um dos principais países afetados pela epidemia de Ebola, teria contraído a doença de uma irmã, que também morreu.
30/07/2014
As autoridades de saúde da Nigéria estão rastreando mais de 30 mil pessoas devido aos riscos, cada vez maiores, criados pelo vírus Ebola. Na semana passada um liberiano morreu em Lagos, a capital do país, com um diagnóstico positivo deste vírus.
A morte de um Herói
O virologista Sheik Umar Khan, 39, que liderava a luta contra o Ebola em Serra Leoa, morreu depois de ser infectado pelo vírus da doença. Ele estava internado em um hospital na cidade de Kailahun, epicentro do surto, no leste do país.
O médico ficou conhecido por tratar mais de cem pacientes com a doença, até ser infectado pelo vírus e vir a falecer.
O médico que liderou a luta contra o ebola em Serra Leoa morreu da doença nesta terça-feira (28). Sheik Umar Khan pegou o vírus durante o tratamento de pacientes na cidade de Kenema. Funcionários do governo saudaram Umar, de 39 anos, como um "herói nacional".
Ele vinha sendo elogiado por seu trabalho na luta contra o pior surto de ebola já registrado, com mais de 670 mortes em toda a África Ocidental segundo dados da ONU.
Uma perda sem duvida lamentável, um verdadeiro líder na luta contra a Ebola.
As preocupações e a propagação
Sabe-se que o vírus da Ebola tem seu foco em locais mais isolados da África onde não há muito saneamento básico e locais sem muita higiene, porem há uma grande preocupação principalmente aqui no Brasil pelo fato de imigrantes entrarem ilegalmente aqui no pais sem nenhuma fiscalização e propagarem o vírus, vale a pena ficarmos de olho nas noticias pois tratando-se de um fato dessa gravidade todo cuidado é pouco.
Alguns fatores ajudam a explicar por que a epidemia cresceu tanto. Um deles é o fato de que, pela primeira vez, o vírus ultrapassou áreas rurais e chegou às capitais, onda a densidade demográfica é mais alta. "Os surtos anteriores foram localizados, o que facilitou o isolamento dos pacientes e o controle da doença", disse ao jornal britânico The Guardian Nestor Ndayimirije, representante da OMS.
Além disso, crenças populares e falta de informação atrapalham o combate à moléstia. Como não existe prevenção contra a doença, medidas como identificar pessoas infectadas rapidamente e colocá-las em quarentena para evitar transmissão do vírus ajudam a controlar o surto. No entanto, nos países endêmicos, há relatos de pessoas que escondem familiares doentes; de pacientes que fogem do isolamento; e de famílias que mantêm o cadáver de um parente por vários dias em suas casas.
Com isso entendemos um pouco mais sobre o vírus mortal Ebola e também alguns fatos desse novo e grande surto e lembre-se, todo cuidado é pouco, e o vírus, é uma ameaça, real, brutal !!!
Fonte:
http://www.insanidadeshumanas.com.br/