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O QUE FAZER DIANTE DA DOR E SOFRIMENTO
Não culpar ou questionar a Deus. O homem foi criado para gozar a felicidade. Ninguém gosta de tristeza, de sofrimento, de dor. Contudo, é útil meditarmos sobre nossa atitude diante do sofrimento e da dor, entender que o sofrimento está presente no mundo em múltiplas formas e manifestações, e que não podemos fugir dele de forma alguma. O que fazer diante das pessoas que sofrem, e como reagir diante do nosso próprio sofrimento? Se Deus não deseja que o homem sofra, por que permite o sofrimento? São perguntas que, provavelmente, nunca terão uma resposta que nos deixe totalmente satisfeitos. A Bíblia nos diz que o sofrimento é uma realidade da existência que começou a existir no Universo por causa do pecado (Gn 3.16-18). A palavra hebraica traduzida por dor nessa passagem é ‘itstsebõn, uma forma do verbo ‘ãtsav, que quer dizer “lesar”, “perturbar” e “afligir”. O termo refere-se tanto à dor física quanto à emocional. Deus criou o mundo perfeito, mas o pecado provocou desordem - “De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um do seus próprios pecados” (Lm 3.39).
Confiar em meio à dor. “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo [...] (Sl 23.4 — ARA)”. O Salmo 91 fala que Deus promete nos guardar, mas Jesus também disse, citando Deuteronômio 6.16, que não devemos tentar a Deus (Mt 4.7). O simples fato de estarmos no mundo faz com que estejamos sujeitos a sofrimentos. Portanto, devemos ser precavidos. O fato de sermos crentes em Cristo não nos torna, por exemplo, imunes a todas as consequências de nossos erros. Não podemos quebrar deliberadamente leis naturais, flertarmos constantemente com o perigo, dar ocasião ao mal e acharmos que Deus é obrigado a nos livrar de todos os males decorrentes dessa nossa atitude.
A espera de um milagre. É bom lembrar que há sofrimentos em nossa vida que são permitidos por Deus para que sejamos de alguma forma, amadurecidos. Não que sejam resultados de pecados ou negligência nossa, mas foram permitidos por Deus para um fim proveitoso. Jesus ensinou acerca de deficiências para a glória de Deus. Isto é, deficiências que não foram provocadas por atitudes nossas ou de alguém, mas permitidas por Deus para moldar o nosso caráter ou para depois serem debeladas pelo poder divino com o objetivo de produzir acréscimo de fé nas pessoas, principalmente em quem recebe a cura (Jo 9.1-3). Portanto, a partir dessas verdades, passamos a ter uma visão correta sobre Deus e a vida em meio ao sofrimento, e a lidar diferentemente com as nossas dores. O homem sem Deus desconhece o seu futuro, mas o crente tem a certeza da vida eterna e sabe que o Todo-Poderoso jamais nos deixará: “O Senhor conhece os dias dos retos, e a sua herança permanecerá para sempre” (Sl 37.18). Deus é soberano e sabe o que faz. Se Ele permite que algumas tragédias aconteçam, há uma razão para isso. Confiemos em Seu amor, em Sua justiça e em Sua sabedoria.
SINOPSE DO TÓPICO (III)
A dor e o sofrimento não devem nos afastar de Deus, mas devem servir para que aprendamos a confiar ainda mais no Senhor.
CONCLUSÃO
É normal alguém se precipitar e afirmar que um crente pode estar sofrendo uma adversidade intensa específica ou passar por alguma morte trágica devido a algum pecado não confessado – assim como os “amigos” de Jó. O Mestre amado ensina-nos que não nos compete julgar se foi castigo de Deus ou não. Deus realmente pesa sua mão para punir o pecador impenitente, disso podemos elencar vários exemplos no Antigo e no Novo Testamentos que o comprovam. Não obstante isso, não está em nossa esfera fazer esse tipo de julgamento. O que cabe a nós hoje, é nos compadecer pelos que se encontram em sofrimento. A Bíblia inclusive afirma que “aquele que se alegrar na calamidade não ficará impune” (Pv 17.5). É conveniente, anda, salientar que uma das características bíblicas dos verdadeiros servos de Deus é “chorar com os que choram”.
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Francisco de Assis Barbosa
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