De repente, o carro é atingido por trás por um camião. Descontrolado, o camião arrasta a minivan. A mãe e a avó ficam imediatamente inconscientes. Gravemente feridas, as crianças, que estavam no banco de trás, são levadas às pressas para o hospital.
Chris, o pai das crianças, foi a correr para o hospital assim que ficou a saber do acidente. Mas chegou tarde demais. Ambas as filhas já estavam mortas. Os pais depositaram as últimas esperanças na sobrevivência de Kyle. Mas o seu estado era tão grave que ele também não tinha chances. Com a maior dor do mundo, os pais autorizaram o desligamento dos aparelhos que mantinham o menino vivo artificialmente. Ao lado da mulher, Chris ficou sentado na cama do filho até ao seu último suspiro. “Deixei a minha mão sobre o seu peito até ouvir a última batida do seu coração”, contou o pai. “Então ele foi-se”.
A triste realidade da perda só caiu de fato quando os pais viram Kyle, Katie e Emma pela última vez, durante o enterro, dentro de pequenos caixões especiais para crianças.
A dor era insuportável. Lori e Chris vivem numa região dos Estados Unidos cheia de crianças. Todas as vez que eles ouviam as risadas felizes delas, fechavam as janelas e escondiam-se na parte de trás da casa. Durante o Halloween, eles viajavam para não ter que ouvir pedidos de guloseimas ou travessuras das crianças da vizinhança. A vida não fazia sentido.
Ainda assim, os pais fizeram um pacto: eles prometeram um ao outro que continuariam vivos, resistindo à tentação do suicídio. Mesmo quando em alguns dias essa ideia parecia ser a única saída. “Em alguns momentos, só queremos que a dor pare. As pessoas acabam por pensar na morte porque elas pensam que dessa maneira se reunirão mais rápido com as crianças novamente”, confessa Chris. “Mas nós prometemos que não deixaríamos um ao outro sozinhos”.
Três meses depois do acidente, Chris e Lori decidem que querem ter mais filhos. “Chegamos à conclusão de que éramos pais sem filhos”, conta Chris. Eles não queriam mais viver dessa maneira. Eles passaram a fazer um tratamento de fertilização artificial. O tratamento foi realizado com 10 óvulos, dos quais três foram fertilizados com sucesso. Duas meninas e um menino, assim como Emma, Katie e Kyle. Eles na verdade só queriam um filho, mas encararam a fertilização dos três óvulos como um sinal.
Quase um ano depois de perderem os filhos no acidente, o milagre. Ou melhor três: Lori dá à luz Ashley, Ellie e Jake. “Eles jamais substituirão Kyle, Emma e Katie”, diz Lori. “Mas a alegria está de volta no nosso lar. Eles encheram novamente a nossa vida com amor, felicidade e sorriso”.
Os trigémeos sabem que tinham três irmãos que morreram antes de eles nascerem. As fotos dos irmãos estão penduradas por todos os cantos da casa e Chris e Lori falam sempre deles. Pais e filhos vão juntos ao cemitério, onde fazem piqueniques. Kyle, Emma e Katie jamais serão esquecidos.
A trágica história desses três irmãos leva até mesmo um coração de pedra às lágrimas. A ferida no coração dos pais jamais cicatrizará completamente. Mas graças ao nascimento dos trigêmeos a vida voltou a valer a pena.
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