Às 18 horas desta sexta, uma pessoa (a 14ª acusada) continuava foragida.
Segundo a Polícia Federal, os ladrões rastreavam caminhões que transportavam produtos do interesse da quadrilha e interceptavam os veículos, principalmente em rodovias.
Fortemente armado, o bando rendia o motorista e normalmente o mantinha refém enquanto investigava a carga. Quando confirmavam se tratar de produtos de seu interesse, os bandidos fugiam com o veículo e a carga. Houve casos em que a carga não correspondeu à expectativa do grupo, que então libertou o motorista e permitiu que ele seguisse com os produtos. As cargas roubadas eram armazenadas em um imóvel alugado.
A PF identificou empresários que comercializam automóveis na Região Metropolitana do Rio e que ajudavam os ladrões, oferecendo os carros usados para os crimes. Outros empresários, em conluio com os ladrões, compravam as mercadorias roubadas, pagando valor inferior, e as revendiam em seus estabelecimentos comerciais. Entre os presos não há empresários, mas apenas responsáveis pelos roubos. Eles vão responder por associação criminosa e roubo qualificado. Os empresários que compravam os produtos roubados vão responder por associação criminosa e receptação.
A quadrilha roubou cargas de roupas, chocolates, bebidas, autopeças e produtos farmacêuticos, entre outros. Todos eram produtos bastante consumidos, o que facilitava sua venda.
A operação da PF, chamada Roubo e Venda, foi realizada no Rio, em Belford Roxo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Mesquita, e teve apoio da Secretaria Estadual de Fazenda e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público do Rio.
Via Agência Estado