ESPERAR QUE O TEMPO RESOLVA AS COISAS POR NÓS
Algumas coisas da nossa vida
resolvem-se com o passar do tempo, mas se isso se tornar uma regra pela qual nos orientamos, corremos o risco de ficarmos expostos às forças externas, as quais não temos qualquer tipo de controle. Se estivermos passivamente à espera que as coisas na nossa vida mudem, caímos rapidamente numa situação de vitimização ou desapontamento. Uma atitude muito mais construtiva é adotar um papel mais positivo e trabalhar nas coisas que pretendemos, nas coisas que estávamos à esperar que acontecessem por si só. Deveremos tentar orientar as nossas ações no sentido de ficamos numa situação mais vantajosa e favorável.
Há quanto tempo está à espera que os seus comportamentos e atitudes auto-destrutivas façam efeito por si só? Uma semana, um mês, um ano? Dez anos, vinte anos? Talvez seja agora o tempo de pedir ajuda ou de uma vez por todas se auto-ajudar.
AS ARMADILHAS DA NEGAÇÃO
Uma das piores coisas que nos pode acontecer é recusarmos admitir os problemas que temos, enveredando por uma atitude auto sabotadora. Para saber mais acerca deste assunto específico pondere ler o nosso artigo: Os 10 sabotadores do seu sucesso.Uma premissa para a mudança é a necessidade de admitirmos os nossos problemas ou situações incapacitantes, a negação pode manter-nos “paralisados” para sempre. Por vezes recusarmos admitir os nossos problemas e medos é um resultado do falso orgulho. Você tem dificuldade em admitir que está errado, que necessita enfrentar os seus problemas de frente? Se sim, talvez esteja na altura de perceber porquê. Pondere procurar recolher feedback de uma fonte imparcial, como um conselheiro, ou um psicólogo, ou até um curso de desenvolvimento pessoal. O objetivo é identificar algumas áreas que necessita mudar e/ou enfrentar na sua vida.
Se a sua vida está a desmoronar-se, mas você finge que não está acontecendo nada, a isto chama-se negação. É fácil negar a verdade quando temos uma visão em túnel e ignoramos o panorama geral. Ignorar as coisas nunca foi uma grande estratégia dado que não faz com que elas desapareçam. Uma das formas de identificar a intensidade do problema é tentar registar o grau de desconforto e de disfunção que causa no seu dia-a-dia. O que é que deixou de fazer, o que é que evita, o que é que o deixa em pânico, desesperado, o que é que o deixa ansioso ao ponto do seu coração lhe saltar pela boca? Numa escala de 0 a 10 quanto é que está a prejudicar o seu trabalho, o seu estudo, o seu relacionamento, a relação com os seus amigos e familiares, em que grau lhe afeta o seu bem-estar e a felicidade? Em que grau diminui a sua autoestima e autoconfiança?
Tente responder a este tipo de questões, é um exercício muito revelador, permitir-lhe-á perceber o grau de desconforto que as suas “negações” provocam na sua vida. Ao olhar de frente para as sua negações fica mais perto de poder decidir colocar um ponto final na sua atitude paralisante e seguir em frente.
O MEDO DO FRACASSO
Algumas pessoas ficam
humilhadas por não serem perfeitas. Eventualmente por terem experimentado a ridicularização ou terem sido humilhados pela
derrota. No caminho tumultuoso e sinuoso para a via do perfeccionismo, vai-se construindo a ideia que se não se tentar, não se pode falhar. Por vezes o medo de fracassar paralisa-nos na nossa trilha, mesmo antes de iniciarmos a corrida. O medo de falhar normalmente impede-nos de colocarmos todo o nosso esforço numa situação. O medo impede e evita que possamos viver a nossa vida em todo o seu esplendor. O fracasso é uma opção mas o medo não.
O MEDO DE EXPRESSAR OS SENTIMENTOS
Não expressar os
sentimentos funciona como uma panela de pressão, quanto mais tempo você mantiver a tampa fechada, maior é a pressão gerada. Na verdade os sentimentos são impossíveis de conter, mais tarde ou mais cedo eles irão emergir e fazer-se sentir. Talvez de uma forma não relacionada com a situação indutora, expressam-se nas mais variadas maneiras, como uma doença física, problemas de pele, obesidade, stress, ou incapacidade de lidar com situações exigentes. Na verdade, você irá sempre arranjar uma maneira de expressar os seus sentimentos. Mantê-los engarrafados e sobre pressão irá sempre conduzi-los a efeitos secundários indesejáveis. Expressar as suas emoções de forma aberta e direta canaliza a energia de uma forma muito mais saudável, verificando-se ser funcional e adequado para o desenvolvimento de equilíbrio emocional.
O MEDO DO SUCESSO
Muitos de nós aprendemos que
o sucesso é egoísta. Foi-nos dito vezes sem conta para não nos sentirmos “inchados” e “
vaidosos”. O sucesso pode trazer louvor, atenção e notoriedade com a qual podemos não nos sentir confortáveis. O sucesso pode colocar-nos numa situação de liderança e de responsabilidade acrescida. Podemos ficar com a ideia que teremos de responder a mais questões e temos de nos expor frequentemente ou ter de falar para grupos de pessoas ou organizações. A expectativa dos outros pode crescer sobre nós, uma vez que mostramos ser competentes. Se todas estas situações nos causam incômodo e se apresentam como desagradáveis, inserem-se perfeitamente na componente do medo, olha-se para o sucesso tal qual uma fobia. Uma forma de fugir a tudo isto é parar antes de podermos ser bem sucedidos. No entanto, este evitamento tem certamente um preço. Uma contínua falta de sucesso nas nossa vidas conduz-nos com toda a certeza para a depressão, desmotivação, sentimento de fracasso, letargia e impotência para lidar com grande parte das situações de vida.
A NECESSIDADE DE ESTAR NO CONTROLE
A incerteza pode causar medo. Quando as coisas vão no sentido daquilo que queríamos, sentimo-nos seguros. Na tentativa de evitar o medo, podemos cair na tentação de olhar para o mudo desejando que fique sempre na mesma. Por vezes ficamos paralisados em rotinas rígidas que nos impedem de crescer e ser flexíveis. Podemos também ter tendência para insistir que os outros se conformem com as nossas ideias do que é certo e errado, e sentimo-nos ameaçados quando eles não o fazem. Tentar criar um mundo totalmente “seguro” é como construir a nossa própria prisão. Mantem-nos reféns do nosso próprio medo. Muitas das desordens de ansiedade, como por exemplo o transtorno de pânico, emergem do fato de se ter medo de ter medo. Viver uma vida desta forma tornar-se totalmente incapacitante, vive-se em constante alerta sempre que algo não acontece como desejaríamos.
RESUMINDO
O medo pode ser controlado. Removê-lo do poder de afetá-lo é remover o próprio medo. Ter a autoconfiança para ser capaz de lidar com os medos da sua vida irá ajudá-lo com outros acontecimentos também. Identifique alguns do seus medos, olhe-os de frente, enfrente-os e recuse-se a que eles o controlem. Faça já hoje mesmo alguma coisa para que eles comecem a enfraquecer. Pense numa estratégia e coloque-a em ação. A sua vida tornar-se-à muito mais saborosa.
Fonte: http://www.escolapsicologia.com/medo-livre-se-dessa-sensacao-incapacitante/
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