Resumo escrito por:AneleLima
RESENHA CRÍTICA: AVALIAÇÃO E FORMULAÇÃO DE CASOS CLÍNICOS ADULTOS E INFANTIS.
O quinto capítulo do livro de Bernard Rangé (Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais) traz como principal proposta, a temática “avaliação e formulação de casos clínicos adultos e infantis”, explicando e exemplificando de maneira bastante clara, algumas diferenciações extremamente importantes existidas nos processos do trabalho terapêutico.
Num primeiro momento, apresentam-se alguns conceitos sobre a formulação de modelos, ou seja, de métodos de organização de informações a respeito do paciente, feitos através de entrevistas, nas quais se delimitará o (os) problema (as) a ser trabalhado na terapia, e que servirão de base para a intervenção do terapeuta.
“É necessária uma representação de qualquer paciente que mostre como ele está funcionando (não como ele é) para que eu possa saber como agir com ele.” (RANGÉ, ano, p. 80).
Destacando a tarefa do psicólogo clínico com adultos, o autor Bernard Rangé acentua a necessidade de uma avaliação inicial, que é feita através da listagem de um “repertório” inteiro de informações e problemas trazidos pelo próprio paciente, com o intuito de elaborar um plano de tratamento eficaz, baseado em metas específicas, que funcionem de acordo com o modelo formatado para o paciente.
O autor também destaca o uso do método socrático para trabalhos terapêuticos com paciente adultos. Esse método, segundo o texto, consiste em fazer com que o sujeito chegue a uma reflexão das questões que lhe causam sofrimento, a fim de reestruturar a cognição do indivíduo, porém, dentro do seu próprio contexto de vida, ou seja, de seus pensamentos a respeito de si, dos outros e do mundo (crenças centrais). Tudo isso, dentro numa relação confortável entre paciente-terapeuta, na qual o paciente sinta-se bem recebido e compreendido, para confiar no profissional terapeuta.
Ao falar sobre o trabalho do psicólogo clínico infantil, observamos uma diferença considerável, no que se diz respeito à formulação do caso. As crianças não buscam pelo tratamento terapêutico sozinhas, geralmente, são os pais ou responsáveis que as levam aos consultórios. O capítulo mostra de maneira bem elaborada que todas as queixas feitas pelos pais, professores e outros indivíduos que convivem com a criança, não são o suficiente para afirmar que ela precise realmente de um trabalho psicológico.
O autor ressalta a ideia de que é necessário que o terapeuta possua um conhecimento aprofundado a respeito das fases do desenvolvimento infantil, para distinguir se as causas do comportamento aparentemente “problemático” são realmente de origem psicológica. E a partir daí, analisar as informações trazidas pelos responsáveis e pela própria criança, para, enfim, formular um caso clínico preciso.
Após a formulação do caso clínico, são elaboradas as estratégias terapêuticas de intervenção baseadas nos fatores ambientais responsáveis pelo comportamento problemático apresentado pela criança. Alguns tipos de transtornos em casos com crianças, o auxílio dos pais, professores e os a gentes sociais em geral, são mostrados no texto como componentes essenciais para solucionar a problemática infantil.
Por fim, acredito que a proposta do texto foi devidamente cumprida. A partir de conceitos bastante claros e precisos, a autor ressalta a importância de uma boa formulação de casos para o sucesso de uma intervenção clínica, chamando atenção ainda, de maneira enfática, para algumas diferenças existentes trabalho clínico com crianças e com adultos.
Psicoterapias Cognitivo-Comportamentais Originalmente publicado no Shvoong: http://pt.shvoong.com/social-sciences/psychology/2365883-psicoterapias-cognitivo-comportamentais/
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