responsabilidade social é definida e aplicada pelos próprios jornalistas
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responsabilidade social é definida e aplicada pelos próprios jornalistas




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Cada sociedade controla os seus veículos de massa de acordo com as suas políticas e necessidades. Os controlos podem ser legais e políticos (leis e censura), económicos (propriedade privada e apoio financeiro), ou social (crítica e elogio).
EUA - liberdade de imprensa e de opinião, «nenhum Estado poderá formular ou aplicar qualquer lei que limite os privilégios ou imunidades dos cidadãos dos Estados Unidos».
Espanha - «todos os espanhóis podem exprimir livremente as suas ideias»
União Soviética - «os cidadãos da URSS são livres e apoiados para exercer a) liberdade de opinião; b) liberdade de imprensa».
O autoritarismo
A comunicação moderna nasce em 1450 numa sociedade autoritária. Nesta sociedade o Estado é superior ao indivíduo, tem uma função controladora e o indivíduo um status dependente.
Segundo os filósofos autoritários (Hegel) «todos devem participar das funções do Estado», havendo uma distinção entre líderes e liderados.
Qual é a fonte da verdade numa sociedade autoritária? Uma suposta revelação divina, a sabedoria da raça, ou habilidade de um líder ou grupo. A fonte da verdade tem duas características: é restrita; é um padrão para todos os membros.
Instrumentos do autoritarismo renascentista: a doutrina do direito divino; a tradição autoritária da Igreja Romana, que durante alguns séculos pôde, em alguns países, comandar e receber a cooperação do Estado no controlo das opiniões; a filosofia política do autoritarismo, que defendia a censura - Platão.
Esta tradição prosseguiu nos primeiros séculos da imprensa e foi defendida por filósofos como Maquiavel (defendia que tudo devia ser subordinado à segurança do Estado), Thomas Hobbes, ou Hegel.
Quando ficou patente que a imprensa seria uma grande voz, os governos autoritários começaram a utilizar o seu poder controlador, já que tendia a publicar o que queriam os governantes.
Mas havia espíritos independentes entre esses indivíduos, pelo que os governos autoritários instituíram a censura prévia, e estabeleceram prerrogativas sobre o que se devia publicar.
Durante os primeiros duzentos anos, a imprensa foi um instrumento para a promoção da unidade e continuidade do Estado. As pessoas eram consideradas incapazes de compreender os problemas políticos e a comunicação era proibida de perturbar as massas.
A base ética da comunicação nesse sistema era: enquanto valor negativo, a imprensa não podia ofender o Estado e os seus cidadãos; enquanto valor positivo, devia contribuir para a grandeza do Estado.
Na segunda metade do séc. XVIII, o autoritarismo parecia ter sido varrido da face da terra, mas esse espírito permanece ainda hoje, por vezes disfarçado por um a fraseologia democrática.
Em todos os lugares em que um governo age de modo autoritário, qualquer observador poderá encontrar algum controlo autoritário sobre as comunicações públicas.
Os veículos radiofónicos estão sempre de certa forma controlados, mesmo em sociedades democráticas. No EUA, os decretos de 1934 sobre comunicação determinavam que a concessão de licenças às estações deviam «servir o interesse, a conveniência e a necessidade do público».
Na Inglaterra, Japão, Canadá e Austrália coexistem empresas radiofónicas públicas e privadas. Na grande maioria dos países, a rádio é monopólio do Estado, evidenciado-se, até, em alguns deles, uma relação autoritária com o governo - ex. França, Bélgica, Alemanha, Índia, Itália.

O autoritarismo foi a filosofia mais dominante em relação à comunicação pública, quer em termos de tempo como em n.º de países.
Liberalismo
Durante os sécs. XVI e XVII, uma nova teoria da comunicação de massa lutou para aparecer, enraízada na transformação intelectual representada pelo Iluminismo dos sécs. XVII/XVIII. O Homem desafiava agora abertamente todos os antigos detentores do poder e da sabedoria, e declarava a sua independência de todas as restrições externas à sua liberdade de utilizar a razão para compreender e resolver os problemas religiosos, políticos e sociais.
A revolução intelectual foi profundamente secular porque transferiu o foco de interesse da teologia para a ciência.
A teoria liberal da comunicação cresceu com e a partir dessas revoluções da mente e do espírito. Dizia Thomas Paine em The Rights of Man: «(…) qualquer homem (…) pode-se dirigir directamente à razão universal de toda a nação, mesmo sobre assuntos de governo em geral, ou específicos de nosso país.»
Erskine e Jefferson entre outros ajudaram a construir um sistema em que a principal função da imprensa era informar o indivíduo e defende-los de possíveis desvios da matriz básica.
Elementos da nova teoria: confiança na capacidade da razão para discriminar a verdade do erro, a necessidade de um livre intercâmbio de ideias, e a função da imprensa como contestatária do governo. Esta teoria foi lançada no séc. XVI, aprofundada no séc. XVII, discutida no séc. XVIII, e aceite no XIX.
Segundo a teoria liberal, a tarefa da sociedade é garantir um livre intercâmbio e ideias que permita aos homens usar a razão e a livre escolha. Todas as ideias devem ter oportunidades iguais e todos devem ter acesso aos canais de comunicação.
sistema de comunicação que surgiu no liberalismo seria o da livre empresa - veículos de propriedade privada competindo num mercado aberto.
Relativamente à responsabilidade ética da comunicação liberal, temos num extremo Pulitzer - «só os mais altos ideais, a mais escrupulosa vontade de acertar, o conhecimento mais perfeito dos problemas existentes e um sentido sincero da responsabilidade salvarão o jornalismo; ou então, William Peter Hamilton - «um jornal é propriedade privada, não devendo nada ao público (…) Não está, portanto, relacionado com nenhum interesse público (…)».

Quatro Conceitos da Comunicação de Massa (Parte 1) Originalmente publicado no Shvoong: http://pt.shvoong.com/social-sciences/communication-media-studies/1893780-quatro-conceitos-da-comunica%C3%A7%C3%A3o-massa/
Quatro Conceitos da Comunicação de Massa (Parte 2)


A Teoria Comunista Soviética
A teoria soviética da comunicação desenvolveu-se como parte integrante do Estado soviético, no qual a comunicação de massas era um instrumento de governo.
A propriedade privada dos veículos de massa era inconcebível. Como dizia Lénine, a imprensa devia ser «propagandista colectivo, agitador colectivo,… organizador colectivo.»
Outro teórico soviético argumentava que a imprensa era livre «não para comerciar informações, mas para educar a grande massa de trabalhadores e organizá-la, sob a orientação do partido, para atingir objectivos definidos.» Lênine, 1918 «Devemos e podemos transformar a imprensa em instrumento para a reeducação económica das massas».
Considerava-se que a verdade derivava da deliberação colectiva do Partido, mas o próprio Lênine atribuía grande importância à crítica e à autocrítica. Uma das principais funções da imprensa é transmitir a crítica de cima - do Partido - e de baixo - dos indivíduos ou sindicatos. Contudo, os jornalistas soviéticos não podiam criticar as instituições.
Alguns caem no objectivismo, simples apresentação dos acontecimentos, factos ou ideias sem colocá-los no devido contexto social e de classe. Outros caem no escapismo, que é a apresentação de dados irrelevantes para a realidade social ou as necessidades políticas, distraindo os leitores dos assuntos importantes. Porém, quer o objectivismo como o escapismo são condenados nos países comunistas.
jornalismo soviético pode ser visto como uma ramificação do autoritarismo. Contudo, nos sistemas autoritários, os veículos participavam do sistema de negócios, e não eram portanto exclusivamente instrumento do Estado. Os veículos soviéticos são parte e propriedade do Estado.
Os veículos soviéticos são integrados, planificados, utilizados como nunca foram os veículos do autoritarismo, que apenas os controlava.
A Teoria da Responsabilidade Social
Segundo esta nova teoria liberal, a filosofia moderna tende a por em dúvida a existência de qualquer direito sem um dever correspondente, sendo essa visão do homem e da sociedade menos optimista do que o Iluminismo.
Uma das necessidades básicas da sociedade do Iluminismo parecia ser a separação entre a imprensa e o Estado. Porém, a comunicação de massa foi submetida a uma onda de críticas em décadas recentes, nomeadamente quanto ao crescimento da sua influência, à sua natureza comercial, e a sua ligação ao mundo dos negócios.

conjunto de críticas mais convincentes formou-se no fim da década de 40 pela Comissão de Liberdade de Imprensa, que advogava que a principal missão da comissão de massa é elevar o conflito social «do plano da violência para o plano da discussão».
As críticas de Theodore Peterson aos veículos de massa:
manipularam um enorme poderio em função dos seus objectivos.
subserviência em relação aos negócios e aos anunciantes.
resistência à transformação social.
superficionalismo e sensacionalismo na cobertura dos acontecimentos humanos.
ameaça à moralidade pública.
invasão à intimidade dos indivíduos.
o controlo de uma classe sócio-económica e a desigualdade de acesso aos veículos.
A necessidade de circulação em grande escala que promova uma alta renda de publicidade e um lucro razoável influencia alguns editores a procurar um grande público em vez de um pequeno grupo partidário.
Em relação à ética jornalística, os jornalistas têm, como questão de princípio, a obrigação de não parcializar as informações em favor de interesses privados, pessoais ou de grupos., isto é, o seu direito de atingir o grande público implica uma obrigação.
Há que dizer, no entanto, que, quaisquer que sejam as intenções do jornalista, ele estará sempre sujeito às fraquezas humanas, preconceitos e ambições.
A transformação da comunicação de massa acabou por ser decisiva na luta por um trabalho responsável, de onde derivou a Teoria da Responsabilidade Social.
A essência da responsabilidade social é que ela é definida e aplicada pelos próprios jornalistas, dado que vivemos numa sociedade pluralista.
Quatro Conceitos da Comunicação de Massa (Parte 2) Originalmente publicado no Shvoong: http://pt.shvoong.com/social-sciences/communication-media-studies/1893781-quatro-conceitos-da-comunica%C3%A7%C3%A3o-massa/




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