Foto: Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados
Nesta quarta-feira uma denúncia movimentou o cenário político nacional. Em revelações feitas através de delação premiada validada no Supremo Tribunal Federal (STF), o delator Carlos Alexandre de Souza Rocha, mais conhecido como Ceará, confessou que o senador por Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), teria recebido de um diretor da UTC Engenharia, R$ 300 mil reais, em 2013. A empresa é uma das investigadas na Operação Lava Jato. As informações foram divulgadas nesta quarta em uma publicação do jornal "Folha de São Paulo".
Segundo a reportagem, Rocha seria apontado como "entregador de dinheiro" do doleiro Alberto Yousseff. Ele teria contado que levou o dinheiro para o o diretor da UTC no segundo semestre de 2013 no Rio de Janeiro. Ainda de acordo com o depoimento, o diretor foi identificado apenas como Miranda. Na ocasião, o diretor teria ficado "bastante ansioso" com a quantia.
No documento obtido pela publicação, Carlos Alexandre de Souza Rocha teria estranhado o motivo da ansiedade do diretor. Na conversa, Miranda teria reclamado que "não aguentava mais a pessoa" lhe "cobrando tanto". Rocha disse que perguntou quem seria, e Miranda teria respondido "Aécio Neves", sempre segundo o depoimento do delator.
"E o Aécio Neves não é da oposição?", teria confirmado Rocha. O diretor da UTC respondeu, na versão do delator: "Aqui a gente dá dinheiro pra todo mundo: situação, oposição, [...] todo mundo".
Nas eleições de 2014, a campanha de Neves à Presidência de República, recebeu R$ 4,5 milhões da UTC Engenharia em doações declaradas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), enquanto a campanha de Dilma Rousseff recebeu mais de R$ 7 milhões. A reportagem afirmou que o delator não teria presenciado a entrega da suposta quantia ao senador e que ele teria ficado "surpreso" com a citação do nome de Aécio Neves.
O DIA procurou a assessoria do senador Aécio Neves para comentar as denúncias apresentadas pela "Folha". Em nota, Neves considerou "absurda e irresponsável" a citação a seu nome, já que não "nenhum tipo de comprovação". Ainda de acordo com o comunicado, essa acusação "trata-se de mais uma falsa denúncia com o claro objetivo de tentar constranger o PSDB, confundir a opinião pública e desviar o foco das investigações".
A nota segue dizendo que Ricardo Pessoa, dono da UTC, não incluiu Aécio na lista de quem recebeu propina da empresa no esquema da Petrobras.
"A falsidade da acusação pode ser constatada também pela total ausência de lógica: o senador não exerce influência nas empresas do governo federal com as quais a empresa atuava e não era sequer candidato à época mencionada. O senador não conhece a pessoa mencionada e de todas as eleições de que participou, a única campanha que recebeu doação eleitoral da UTC foi a de 2014, através do Comitê Financeiro do PSDB", finalizou a nota.
A UTC Engenharia também foi procurada, mas a reportagem não obteve sucesso em seus
via: O dia
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