Dormir pouco aumenta os riscos de doença cardíaca
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Dormir pouco aumenta os riscos de doença cardíaca



Para os médicos, trata-se de uma epidemia: cada vez mais pessoas estão alongando o dia e encurtando a noite, indo para a cama mais tarde sem adiar o horário de acordar. Mais do que um hábito ruim que provoca sonolência na manhã seguinte, dormir pouco traz diversos prejuízos ao corpo, com maior impacto sobre a saúde cardiovascular — o risco de enfarte pode aumentar de 10% a 24% para quem se priva de apenas uma hora de descanso, segundo o professor Martin Young, da Universidade do Alabama em Birmingham, nos Estados Unidos. Incentivar o repouso de duração saudável é um dos pilares da campanha criada este ano para o Dia Mundial do Sono, comemorado anteontem.
A função do descanso à noite é recuperar o organismo para que ele esteja apto a funcionar bem no outro dia. Por isso, várias funções como consolidação da memória e adequação hormonal ocorrem durante as horas de sono.
— Dormir pouco tem consequências imediatas e em longo prazo. Na manhã seguinte, pode haver redução de reflexos, da atenção e da concentração; irritabilidade e uma maior descarga de adrenalina, que traz risco de aumento da pressão e da frequência cardíaca — diz a neurologista Andrea Bacelar, da Associação Brasileira do Sono.
Esses dois últimos fatores — somados ao fato de que a privação de sono, cronicamente, prejudica o metabolismo do açúcar, elevando o perigo de diabetes, e favorece a obesidade — tornam o risco cardíaco maior para quem ignora a necessidade de descansar o suficiente para o corpo.

Número de horas na cama é individual

Repousar por menos tempo do que se precisa causa alterações nos hormônios grelina e leptina, que controlam o apetite e a saciedade. Dessa forma, torna-se mais fácil o ganho de peso, um dos fatores de risco para doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, como derrame.
— Muitas pessoas vêm reduzindo, ao longo dos anos, uma a duas horas de sono, achando que não farão falta. Habituam-se, mas é provável que a produtividade seria melhor se dormissem mais — diz o otorrinolaringologista Edilson Zancanella, coordenador do Departamento de Medicina do Sono da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.
O descanso inadequado também pode provocar deficiência de imunidade, diminuindo a capacidade de o organismo se defender de infecções e produzir anticorpos após a aplicação de vacinas.
A média da população adulta precisa de sete a oito horas de sono por noite para se restabelecer. Porém, essa quantidade é variável: há dormidores curtos, que necessitam de menos tempo, e dormidores longos, que exigem mais.
— Isso tem relação com a genética. Uma dica para a pessoa perceber se dorme menos do que o necessário é observar quanto fica na cama no fim de semana, quando não há pressa de acordar. Se houver diferença, isso é indicativo de déficit de sono — ensina o pneumologista Gunther Kissmann, responsável pela Comissão do Sono da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro.
Fique ligado
Independentemente do número de horas de sono, o ideal é dormir continuamente, para haver a restauração.
Por noite, em geral, um adulto dorme de quatro a seis ciclos de sono. Cada um dura de uma hora e meia a duas horas. As fases do ciclo são N1, N2 e N3, que compõem o sono não-REM, e o sono REM.
Completar as fases do sono é importante para a saúde do organismo, já que cada uma delas está ligada a uma função específica.
Na fase N1, há a liberação de melatonina, que faz o sono começar. Na N2, ocorrem atividades ligadas à excreção de sódio e potássio, à agregação plaquetária e ao funcionamento dos linfócitos. Na N3, existe a produção dos hormônios GH (do crescimento), essencial a crianças e adolescentes, grelina e leptina.
Na fase em que os sonhos se desenvolvem, há a consolidação da memória.
Para dormir bem, desligue-se do dia quando for para a cama; evite o consumo de bebidas estimulantes, sedativos ou álcool perto da hora do sono; não faça atividade física intensa tarde da noite e mantenha o quarto na penumbra, com temperatura agradável.


                          
por: Camilla Muniz
Via: jornal extra




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