Tudo Mais
Preços de alimentos e energia podem disparar
Escrito por Jeffrey Nyquist |
Artigos - Economia
O impacto do clima na economia não deve ser subestimado. Já existem mais indícios de problemas futuros.
Durante os últimos seis meses muitos lugares ao redor do mundo registraram recordes de temperaturas baixas. As plantações de grão já sofrem. Alguns cientistas especulam que estamos entrando em um período de resfriamento. Pesquisadores russos no Observatório Pulkovo em São Petersburgo estão dizendo abertamente que o Sol está emitindo menos calor. Aproximadamente a cada 200 anos o sol entra em uma "hibernação solar". Isso significa um período de baixas temperaturas ao redor do globo que historicamente reduzem a produção de grãos, resultando numa alta dos preços dos alimentos e, consequentemente, fome. A última "mínima solar" que afetou o planeta Terra acabou na segunda década do século XIX, cerca de 200 anos atrás. Alguns leitores podem relembrar o destino do exército de Napoleão na Rússia em meio a recordes de baixas temperaturas que mataram tropas e cavalos franceses. Esses períodos de resfriamento têm ocorrido repetidamente nos últimos dois mil anos e resultaram em fome, morte por congelamento e secas. Com as baixas temperaturas, menos água evapora e menos nuvens se formam (isto é, temos chuvas em quantidade abaixo do esperado). Já podemos constatar a alta no preço dos grãos que reflete a seca do ano passado [N. T.: sobre a ferrenha seca de 2012 veja o artigo do próprio Nyquist: http://www.financialsense.com/contributors/jr-nyquist/signs-of-things-to-come]. Se isso é uma tendência, certamente constataremos alta nos preços dos alimentos e da energia no próximo ano.
As plantações são sensíveis ao tempo frio em todas as latitudes. O tempo frio na Flórida significa que safras de laranja serão perdidas. No meio-oeste, invernos mais longos e mais frios significam safras reduzidas e, por conseguinte, uma produção menor de milho. Países cuja produção de alimentos estão localizadas em latitudes mais ao norte, como a Rússia e o Canadá, podem passar por uma severa redução na produção de alimentos que podem desencadear consequências globais.
Grande insegurança acerca dos estoques de alimentos poderiam também estimular compras por parte daqueles que querem manter estoque nos futuros eventos de escassez. Futuramente, impulsionamentos nos preços globais dos alimentos podem acontecer ante a mera expectativa de resfriamento do clima (mesmo se o clima quente voltar). Países importadores de alimentos podem ser colocados em circunstâncias financeiras complicadas, pois serão aplicados aumentos substanciais para que se mantenham os estoques no mesmo nível. Como consequência, isso poderia desencadear problemas financeiros em muitos países, tais como os países da África e do Oriente Médio.
No mundo desenvolvido uma crise de alimentos significaria uma crise no comércio varejista, visto que os consumidores estariam gastando uma porcentagem muito maior dos seus salários nas necessidades básicas. Sem dúvida haveria menos dinheiro disponível para gastar com entretenimento e outros supérfluos. Temperaturas mais baixas poderiam resultar em um aumento do uso de energia para aquecimento de casas e estabelecimentos comerciais e industriais. Seja como for, pagaríamos mais pela energia em invernos estendidos ou épocas de baixa temperatura. Ademais, algumas atividades industriais são sazonais. Aquelas que dependem do inverno floresceriam. As que dependerem de um clima mais quente (a maioria) perderiam dias e até meses da atividade sazonal.
Tempo mais frio significa o início das secas globais e de pastagens virando desertos, ou seja, menos sustento para o gado. O preço da carne já está subindo e já é esperado que se atinja preços recorde neste verão [N.T.: O verão americano começa agora, quando começa o nosso inverno no Brasil]. O preço do bife hoje em dia está em média US$ 4,81 a libra [N.T.: uma libra é pouco mais de 450 gramas], sendo que a média é US$ 3,51.
Todos esses fatores já são aparentes com o início daquilo que pode ser o início de uma nova tendência de resfriamento global. Sem dúvidas, o impacto do clima na economia não deve ser subestimado. Já existem mais indícios de problemas futuros. Segundo os cientistas do Observatório Pulkovo em São Petersburgo, a "atividade solar está em declínio, então a média de temperatura anual começa a declinar...". Se o resfriamento global é real, haverão sérias consequências: verões mais curtos, secas regionais e geadas que prejudicam plantações. Os mercados sofrerão o impacto conforme os compradores comecem a competir pelos diminutivos estoques de grãos e a instabilidade política tomará conta dos países importadores de alimentos.
Publicado no Financial Sense.http://www.midiasemmascara.org
-
O Clima Do Brasil Dispõe De Uma Ampla Variedade De Condições
Resumo escrito por:LaksitaBro O clima do Brasil dispõe de uma ampla variedade de condições climáticas de uma região com uma grande e variada topografia, mas podemos considerar que a maior parte do país tem um clima tropical. De acordo com o sistema...
-
Ficará Tão Quente Que O Homem Ou Perecerá, Ou Terá De Ir Viver Para Outro Canto Do Universo.
Os cientistas calcularam quando vão morrer todos os seres vivos na Terra.No futuro, o nosso planeta, devido à subida da temperatura no Sol, ficará tão quente que o homem ou perecerá, ou terá de ir viver para outro canto do Universo. Os investigadores...
-
Calor E Frio Extremos.
UND: Pessoal tá demais o calor afff. Mesmo com ventilador ligado aqui tá demais 38 Cº na sombra. Termômetro de máximo e mínimo no sol aqui em casa, nem lhes digo pra quanto foi, só faltou estourar o mercúrio aferidor. kkk Este período atual...
-
Grave Frio Nos Eua E Calor Na Europa Estão Interligados - Seriam Obra Do Haarp???
Foto: Flickr.com/Truthout.org/cc-by-nc-sa 3.0 As variações climáticas naturais são a razão do frio recorde na América do Norte e do inverno excepcionalmente quente na Europa Central e na parte europeia...
-
Se 2012 Foi Um Ano Quente, 2013 Será Ainda Mais ?
Este foi mais um verão típico dos tempos de aquecimento global no Hemisfério Norte. Os Estados Unidos sofreram sob um sol escaldante em julho, após a primavera mais quente já registrada na história do país. Por aqui, no dia 19 de setembro, em...
Tudo Mais