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Dois acontecimentos bastante aguardados estão previstos para o quarto dia do Brasil 2014: a volta da Copa ao Maracanã e, no mesmo palco, a estreia do superastro argentino Lionel Messi. Após uma temporada de pouco brilho, como estarão o físico e o psicológico do jogador que foi eleito Jogador do Ano FIFA por quatro vezes? Todos os olhares do planeta bola estarão voltados para o possível sucessor de Diego Maradona.
O domingo também terá a primeira apresentação de duas ambiciosas seleções europeias. A França enfrentará Honduras, e a equipe comandada pelo ex-capitão Didier Deschamps, campeão mundial em 1998, conta com a experiência do seu treinador para não subestimar o adversário, embora o representante da América Central não tenha vencido nenhuma das seis partidas que disputou em Copas.
Já a Suíça, cabeça de chave que venceu o seu grupo nas eliminatórias, não esconde a pretensão de igualar ou superar o seu melhor desempenho em Mundiais, com a classificação às quartas de final em 1954. O oponente dos suíços será o Equador, que ficou com a última vaga direta da América do Sul e estará especialmente motivado para homenagear o ídolo Christian Benítez, atacante carinhosamente conhecido como Chucho, que faleceu tragicamente aos 27 anos no dia 29 de julho de 2013.
Os jogosSuíça x Equador (Grupo E), Estádio Nacional, Brasília, 13h (hora local)
França x Honduras (Grupo E), Estádio Beira-Rio, Porto Alegre, 16h (hora local)
Argentina x Bósnia e Herzegovina (Grupo F), Estádio do Maracanã, 19h (hora local)
Você sabia?
Começos lentos

A França vem sofrendo para abrir a sua campanha desde o título de 1998, sem nenhum gol marcado em três partidas. O país perdeu do Senegal pela diferença mínima em 2002 e posteriormente ficou no 0 a 0 com Suíça (2006) e Uruguai (2010). Além disso, com exceção do terceiro lugar no México 1986, o continente americano não traz boas lembranças aos franceses. Eles não passaram da primeira fase em 1930 e 1978 e sequer se classificaram para os Mundiais de 1950 e 1962.
Duas faces
O Equador mostrou duas facetas nas eliminatórias. Jogando em Quito, a seleção venceu todos os seus adversários exceto a Argentina, com quem ficou no 1 a 1. Fora de casa, porém, os equatorianos não conseguiram vencer nenhum compromisso, cedendo cinco derrotas e três empates.
De cara nova
Sessenta e quatro anos após o trauma do Maracanazo, a mítica arena carioca se modernizou para receber sete jogos da Copa do Mundo em 2014, inclusive a final. O antigo maior estádio do mundo, que chegou a receber 200 mil pessoas quando os torcedores podiam ficar em pé, passou por uma extensa reforma, mas preservou a fachada original. Embora a sua capacidade tenha sido reduzida para 74.738 espectadores, o Maracanã conserva toda a sua aura de templo do futebol, conforme os companheiros de Messi e os bósnios, que são os únicos debutantes deste Mundial, terão a oportunidade de conferir neste 15 de junho.
Jogadores suspensosNenhum
Você vai gostar de verAs atuções da Suíça nas eliminatórias e a sexta posição no último Ranking Mundial da FIFA/Coca-Cola fazem dela uma das melhores seleções da Europa. Contudo, o lateral direito Stephan Lichtsteiner considera que o país ainda precisa evoluir diante de adversários considerados mais fracos. "Ainda temos um pouco de dificuldade para criar ocasiões de assumir o controle do jogo, mas estamos trabalhando nisso", contou Lichtsteiner em entrevista ao FIFA.com. Será que o trabalho recompensará para os suíços diante do Equador, cuja equipe se encontra 20 posições abaixo no ranking?
Nesse dia em...No dia 15 de junho de 1974, a Argentina foi surpreendida pela Polônia e perdeu por 3 a 2 em Stuttgart, com dois gols de Grzegorz Lato e um de Andrzej Szarmach orquestrados de forma sublime por Kazimierz Deyna. A jovem equipe do técnico Kazimierz Gorski, que havia sido campeã olímpica dois anos antes, daria o que falar na Alemanha 1974. Após uma goleada de 7 a 0 sobre o Haiti e nova vitória por 2 a 1 contra a Itália, os poloneses terminaram na liderança do grupo. Na segunda fase, eles passaram pela Suécia (1x0) e pela Iugoslávia (2x1) antes de caírem diante da futura campeã Alemanha Ocidental pelo placar mínimo, ao final de um encontro bastante acirrado debaixo de muita chuva em Frankfurt. Para se consolar, Lato anotou o único gol da partida contra o Brasil na decisão do terceiro lugar e faturou a artilharia do torneio com sete gols, à frente do companheiro Szarmach (5).